Gabriel de Sousa | 20 de setembro de 2025 - 13h30

Quaest: 83% das menções à PEC da Blindagem nas redes sociais são negativas

Pesquisa mostra que debate sobre a proposta mobilizou mais de 2,3 milhões de publicações desde a votação na Câmara

LEVANTAMENTO
PEC da Blindagem prevê autorização da Câmara ou do Senado para abertura de ação penal contra parlamentares - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A PEC da Blindagem, aprovada na última terça-feira (16) na Câmara dos Deputados, tem enfrentado forte rejeição nas redes sociais. De acordo com levantamento do Instituto Quaest divulgado neste sábado (20), 83% das menções são negativas, enquanto apenas 17% demonstram apoio à medida.

Desde a votação, já foram registradas 2,3 milhões de publicações sobre o tema. Em média, são 24 mil menções por hora, alcançando cerca de 44 milhões de internautas.

Segundo a pesquisa, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a própria Casa aparecem em 46% das menções. Outros 28% dos posts criticam diretamente a proposta, enquanto 12% destacam a adesão de artistas a protestos contra a PEC. O projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) surgem em 15% das citações.

Disputa narrativa

Nas redes, parlamentares aliados do governo Lula reforçaram críticas e ajudaram a popularizar o apelido de “PEC da Bandidagem”. Influenciadores de esquerda também reativaram o bordão “Congresso inimigo do povo”.

Já os defensores da proposta, em sua maioria alinhados à direita, concentraram os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e resgataram críticas antigas à Operação Lava Jato. Para esse grupo, a PEC é vista como uma forma de conter supostos excessos da Corte.