Bioparque Pantanal realiza exame inédito de imagem em peixe de água doce em parceria com a UFMS
Cachara passou por ultrassonografia e tomografia; iniciativa pioneira reforça cuidados com o bem-estar animal e a conservação de espécies
CIÊNCIA E MEIO AMBIENTEO Bioparque Pantanal, em Campo Grande, realizou um procedimento inédito no cuidado de peixes de água doce. Em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), foram feitos exames de ultrassonografia e tomografia computadorizada em uma cachara (Pseudoplatystoma fasciatum), marcando um avanço nas práticas de saúde animal voltadas para espécies aquáticas.
A iniciativa integra a rotina de monitoramento do Bioparque e reforça o compromisso da instituição com o bem-estar animal e a conservação de espécies ameaçadas.
Segundo a diretora-geral do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri, a ação só foi possível graças à parceria técnico-científica com a UFMS, que possibilitou o uso de equipamentos de ponta e a troca de conhecimento entre profissionais e acadêmicos.
"Cuidar da saúde dos animais do Bioparque é uma responsabilidade diária. A integração com a UFMS potencializa nosso trabalho, trazendo inovação, respaldo técnico e a possibilidade de avançarmos em protocolos que ampliam as rotinas de cuidados com nossos animais", destacou.
Exames de imagem em peixes e arraias ainda são pouco explorados no mundo, mas essenciais para identificar alterações anatômicas, reprodutivas e metabólicas. Esses diagnósticos são considerados fundamentais para garantir qualidade de vida e para a manutenção de espécies raras e ameaçadas.
O médico-veterinário da UFMS, Diogo Helney Freire, ressaltou a relevância acadêmica da ação: “A participação dos alunos foi muito importante hoje, tivemos estagiários e residentes da Veterinária, aproveitando toda a possibilidade que essa parceria oferece, enriquecendo a formação acadêmica”.
Já o veterinário do Bioparque Pantanal, Edson Pontes Fernandes, destacou o impacto da cooperação: “Todo o corpo de técnicos da UFMS ajuda nas pesquisas para que possamos promover mais o bem-estar dos nossos animais, e também, o conhecimento”.
A ação também foi uma oportunidade única para estudantes e residentes de medicina veterinária. Mariane Guerra, acadêmica do 10º período do curso na Unesp de Jaboticabal (SP), participou do procedimento:
"Eu faço estágio no setor de diagnóstico por imagem da UFMS e foi uma experiência maravilhosa poder realizar uma ultrassonografia e uma tomografia no cachara. Foi magnífico. Ainda não tinha tido essa experiência com peixe", contou.
O procedimento reforça o papel do Bioparque Pantanal não apenas como espaço de visitação, mas como centro de pesquisa e inovação em saúde animal.