Caiado critica PEC da Blindagem e promete anistia se eleito presidente em 2026
Governador de Goiás vê aprovação da proposta como 'erro inaceitável' e reforça apoio a perdão de condenados por atos de 8 de janeiro
POLÍTICAO governador de Goiás e pré-candidato à Presidência da República, Ronaldo Caiado (União Brasil), classificou nesta quinta-feira (18) como um “erro inaceitável” a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem pela Câmara dos Deputados. Em entrevista ao programa Papo com Editor, do Estadão/Broadcast, o político criticou a medida por, segundo ele, enfraquecer a imagem do Parlamento e abrir espaço para atuação de facções criminosas.
Por outro lado, Caiado considerou positiva a aprovação do regime de urgência para análise da proposta que prevê anistia aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
“Chegando à Presidência da República, eu vou promover uma anistia para que pacifiquemos o Brasil”, disse. O governador acrescentou que, caso eleito, assinaria o perdão “no primeiro dia de governo”.
Apoio a Bolsonaro e críticas a Lula
Caiado tem defendido publicamente a concessão de indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a outros envolvidos nos atos golpistas. Questionado sobre uma eventual versão “light” da proposta de anistia que excluísse Bolsonaro, o governador foi enfático: “Serei candidato a presidente e, se eleito, eu assino a lista no primeiro dia. Esta é a minha posição.”
Na entrevista, o governador também responsabilizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela invasão das sedes dos Três Poderes. Para ele, houve “omissão completa” do governo. “Se você tem uma pessoa que é um banana, um cara amorfo, um cidadão que deixa acontecer, o caminho vai ser esse”, disse.
Rejeição à PEC da Blindagem
Sobre a PEC da Blindagem, que restringe poderes de fiscalização sobre deputados e senadores, Caiado disse confiar que o Senado corrigirá o que chamou de “erro inaceitável”.
“A Câmara desgasta o Parlamento, retira seu prestígio e abre caminho para aquilo que mais combatemos: a infiltração de facções criminosas na economia e na política”, afirmou.
Ele citou declaração do senador Otto Alencar (PSD-BA), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que disse acreditar que a proposta não será aprovada no Senado.