A Polícia Civil do Paraná localizou, após 44 dias de buscas, os corpos dos quatro homens que estavam desaparecidos desde agosto após viajarem para Icaraíma, no noroeste do Estado, supostamente para cobrar uma dívida. As vítimas foram encontradas na noite de quinta-feira (18), enterradas em uma área rural do município, a cerca de 650 metros do local onde a picape Fiat Toro usada pelo grupo havia sido localizada na semana passada.

De acordo com o delegado Thiago Andrade, os corpos estavam enterrados sob uma camada de vegetação, em uma área onde não havia plantio recente. “Desconfiamos do local, começamos a cavar e encontramos o corpo. A perícia foi acionada”, informou. As escavações contaram com apoio de máquinas da Prefeitura de Icaraíma e terminaram por volta das 5h da manhã desta sexta-feira (19).

As vítimas foram identificadas preliminarmente pelos familiares com base nas vestimentas e objetos pessoais encontrados no local. Exames periciais estão sendo realizados para confirmação oficial das identidades. O secretário da Segurança Pública do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, informou que os corpos apresentavam perfurações por arma de fogo.

Vítimas saíram de SP e encontraram parceiro no PR

Segundo as autoridades, três das vítimas — Rafael, Robishley e Diego — saíram de São Paulo rumo ao Paraná. Em Icaraíma, encontraram Alencar, morador da região. A Polícia Civil acredita que o grupo foi executado ao chegar na propriedade rural onde a dívida seria cobrada.

“Estavam com perfurações de arma de fogo. Também foram localizados os seus pertences nesta mesma vala onde os corpos estavam”, relatou o secretário.

Suspeitos estão foragidos

O caso é investigado como homicídio. Dois suspeitos já tiveram mandados de prisão expedidos: Antônio Buscariollo, de 66 anos, e seu filho Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22. Ambos seguem foragidos. A polícia apura se eles seriam os devedores que o grupo procurava.

A defesa da família Buscariollo já havia negado qualquer envolvimento no desaparecimento dos quatro homens, mas não foi localizada para comentar as novas informações.

O delegado Thiago Andrade reforçou que o sigilo da investigação será mantido por enquanto. “Agora é continuar as buscas por evidências e organizar todas as informações coletadas para a elucidação dos fatos.”

A operação de buscas contou com o apoio da Força Nacional.