Agência Brasil | 19 de setembro de 2025 - 09h55

Síndrome das Pernas Inquietas atinge mais mulheres e pode afetar até 25% das grávidas

Doença neurológica provoca impulso incontrolável de movimentar as pernas em repouso e está ligada à deficiência de ferro e distúrbios do sono

SAÚDE
Doença também é chamada de Willis-Ekbom - (Foto: Freepik)

Uma sensação de desconforto acompanhada da necessidade quase incontrolável de mexer as pernas durante o descanso pode ser sinal da Síndrome das Pernas Inquietas (SPI), também conhecida como doença de Willis-Ekbom. A condição é neurológica e costuma se manifestar principalmente em momentos de repouso, como na hora de dormir.

Estudos estimam que a síndrome afete entre 4% e 29% da população adulta em países industrializados do Ocidente. O impacto, porém, é mais significativo entre mulheres, sobretudo durante a gestação.

Segundo o reumatologista Marcelo Cruz Rezende, membro da Comissão de Dor da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a síndrome tem origem genética e está associada a uma deficiência na utilização do ferro pelo organismo, mesmo quando os exames de sangue indicam níveis normais.

“Ela ataca principalmente mulheres e 25% das grávidas”, afirmou Rezende em entrevista à Agência Brasil, durante o Congresso Brasileiro de Reumatologia, em Salvador.

O especialista explica que as mulheres são mais vulneráveis por conta das perdas de ferro durante o ciclo menstrual e, no caso das gestantes, a situação se agrava devido à maior demanda nutricional.