Rayssa Motta | 17 de setembro de 2025 - 18h00

Moraes envia à PGR pedido para investigar Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer por ataques ao BB

Deputados afirmaram que instituição poderia falir após sanções dos EUA contra o ministro do STF; petista acusa disseminação de fake news

POLÍTICA
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos. - (Foto: Pedro França)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de apuração contra os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO). O prazo dado à PGR é de cinco dias para avaliar se há indícios suficientes para abrir investigação.

A solicitação chegou ao STF por meio do líder do PT na Câmara, deputado Reimont (RJ), que acusa os parlamentares de espalharem informações falsas com potencial de gerar instabilidade no sistema financeiro. Entre os crimes apontados estão divulgação de fake news sobre instituição bancária, crimes contra a economia popular, contra a ordem econômica e ainda associação criminosa.

As declarações que motivaram o pedido de investigação ocorreram após os Estados Unidos aplicarem sanções contra o ministro Moraes, usando a chamada Lei Magnitsky. Em vídeo publicado nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro afirmou que o Banco do Brasil "será cortado das relações internacionais, o que vai levá-lo à falência". Já Gustavo Gayer orientou seus seguidores a retirarem dinheiro das instituições financeiras, alegando que "Moraes vai quebrar o Brasil".

Gustavo Gayer é deputado do PL.- (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Segundo Reimont, as falas tiveram como objetivo gerar pânico e desestabilizar o setor bancário. Eduardo Bolsonaro, que está atualmente nos Estados Unidos, já responde a outro inquérito no STF, acusado de articular medidas para pressionar autoridades brasileiras após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Este não foi o único caso recente levado por Moraes à PGR. Nesta mesma semana, o ministro também pediu parecer da Procuradoria sobre possível investigação contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por suspeita de obstrução de Justiça nas negociações em Brasília em defesa da anistia a golpistas.