17 de setembro de 2025 - 17h47

Justiça de MS aposta em inteligência artificial para agilizar processos

Tribunal e UFMS firmam parceria para criar ferramenta que promete agilizar a redação de atos jurídicos.

TECNOLOGIA
Representantes do TJMS e da UFMS durante o lançamento do projeto de inteligência artificial para automatizar a redação de atos jurídicos, em Campo Grande. - (Foto: Divulgação)

Na última segunda-feira (15 de setembro), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul deram início a um projeto que deve mudar a forma como a Justiça estadual funciona. O encontro, realizado na Escola Judicial (Ejud-MS), marcou o começo da cooperação técnica e científica para desenvolver a automação de atos jurídicos com o uso de inteligência artificial.

A ideia é criar um protótipo que será testado dentro do próprio Tribunal. Para isso, a equipe da UFMS aplicou uma metodologia de inovação chamada Lean Inception, que ajuda a alinhar visões diferentes e chegar a um produto mínimo viável.

O presidente do TJMS, desembargador Dorival Renato Pavan, ressaltou a importância da parceria. “Estamos colocando a Justiça de Mato Grosso do Sul na vanguarda da tecnologia. O projeto vai trazer agilidade, eficiência e transformar o Tribunal em um ambiente moderno, conectado com o futuro”, disse.

O diretor-geral da Ejud-MS, desembargador Marco André Nogueira Hanson, também destacou o avanço. “A inteligência artificial surge como uma aliada importante para melhorar a produção do Judiciário. É um compromisso com a modernização e com a sociedade”, afirmou.

Além dos desembargadores e juízes do TJMS, participam do projeto professores e estudantes da UFMS, coordenados pelo professor Edson Takashi. A equipe da Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal também atua no desenvolvimento.

O trabalho seguirá princípios éticos já definidos pelo Conselho Nacional de Justiça e pela Resolução 365 do próprio TJMS, como proteção de direitos, não discriminação e respeito à Lei Geral de Proteção de Dados.

Segundo Pavan, a iniciativa reforça a missão do Judiciário sul-mato-grossense: “É um marco importante. Estamos construindo um Tribunal mais dinâmico, mais ágil e preparado para servir melhor a população”.