17 de setembro de 2025 - 15h20

Casal pantaneiro oficializa casamento em mutirão judicial fluvial no Rio Paraguai

Mutirão judicial oficializa união de casal pantaneiro durante expedição no Paraguai

MUTIRÃO JUDICIAL
Casal pantaneiro oficializa casamento em mutirão judicial fluvial no Rio Paraguai, que leva serviços de Justiça a comunidades ribeirinhas. - (Foto: Divulgação)

Na beira do Rio Paraguai, onde o acesso à cidade custa caro, um casal do Pantanal disse o "sim" sem precisar viajar. Cleude de Oliveira Souza, 42 anos, e Jorgilene Aires de Souza, 35, converteram a união estável em casamento durante o mutirão do Juizado Especial Federal Itinerante Fluvial, que desde o dia 12 de setembro percorre comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas levando serviços da Justiça.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul se juntou à expedição, que segue até o dia 20. A bordo, magistrados e servidores levam registro civil, mediações de conflitos e informações processuais. O juiz Alan Robson de Souza Gonçalves, da comarca de Corumbá, explica que os pedidos mais comuns são reconhecimento de união estável e conversão em casamento. "Muitas vezes, a regularização civil é o passo necessário para que os cidadãos possam acessar benefícios previdenciários", disse.

Para Jorgilene, o atendimento perto de casa fez diferença: "É muito importante a Justiça vir até aqui. A viagem até Corumbá custa R$ 1.800 só de gasolina".

O projeto é organizado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região e pela Justiça Federal em Mato Grosso do Sul, com apoio da Marinha do Brasil, que cedeu navios para transportar a equipe. Além dos serviços da Justiça, moradores podem emitir documentos como RG e CPF, buscar benefícios sociais e receber atendimentos de saúde.

Mais do que casamentos e certidões, a expedição mostra que a Justiça pode chegar a lugares onde, normalmente, só chega de barco.