Quem era Ramiro de Matos, médico e pecuarista que morreu em queda de avião no Pantanal
Formado em medicina, Ramiro construiu a vida no campo e era apaixonado por voar
FATALIDADEApaixonado pela vida no campo e por aviação, Ramiro Pereira de Matos, 67, era mais do que um produtor rural. Formado em medicina, ele optou por deixar o jaleco de lado para se dedicar à agropecuária, atividade que se tornou seu verdadeiro ofício. Ramiro morreu ontem (16), após a queda do avião que ele mesmo pilotava, em uma área de mata entre Coxim e Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense.
Nascido em Presidente Prudente (SP), mas criado em Araçatuba, Ramiro era muito conhecido na região noroeste paulista. Embora formado como médico ortopedista, nunca exerceu a profissão. Preferiu seguir o caminho do pai, com quem aprendeu a trabalhar no campo desde jovem. Era dono de três propriedades rurais: uma em Santo Antônio do Aracanguá (SP), outra no Mato Grosso e uma no Mato Grosso do Sul.
A aviação entrou na vida dele como ferramenta de trabalho, mas também virou uma paixão pessoal. Segundo familiares, Ramiro era habilitado e experiente como piloto. Costumava fazer voos entre as fazendas que mantinha nos três estados. O trajeto que resultou em tragédia era, segundo a família, uma rota rotineira.
Casado, pai de dois filhos - de 34 e 37 anos - e avô de duas netas, Ramiro era descrito por familiares e amigos como alguém simples, reservado e trabalhador.
No dia do acidente, o avião monomotor prefixo PS-FDW decolou de Araçatuba às 6h39. O destino era uma de suas propriedades em Figueirópolis D’Oeste (MT). Por volta das 7h40, a aeronave caiu em uma área de mata fechada em Coxim. A Força Aérea Brasileira (FAB) foi acionada e confirmou que o tempo na região era instável, com chuva forte e trovoadas.
A aeronave foi localizada pelo Salvaero, serviço de busca e salvamento da aviação brasileira, já caída em uma área de mata fechada e de difícil acesso. A operação de resgate foi feita por militares do Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV), unidade especializada da FAB.
O Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) também acompanha o caso e confirmou a morte do piloto. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o monomotor era um modelo fabricado em 1980 e estava com toda a documentação em dia, com situação de aeronavegabilidade regular. Com informações do G1.