Anvisa proíbe venda de suplementos Ki-Fit-Turbo e Zempyc Natural no Brasil
Produtos apresentaram composição desconhecida, irregularidades em rótulos e propaganda com alegações de efeitos terapêuticos
SAÚDEA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, na terça-feira (16), a suspensão imediata da fabricação, comercialização, exportação, propaganda e uso de dois suplementos alimentares: Ki-Fit-Turbo, produzido pela GVL Indústria de Suplementos Alimentares, e Zempyc Natural – Mega Concentrado 730 mg, distribuído pela empresa Preço Justo Gestão Empresarial.
Relatos de efeitos adversos
O Ki-Fit-Turbo foi alvo da medida após usuários relatarem reações indesejadas, como taquicardia, dor no peito, náuseas, vômitos, diarreia e desconforto abdominal. Segundo a Anvisa, o produto tem composição não esclarecida e vinha sendo divulgado com promessas terapêuticas, o que não é permitido para suplementos alimentares.
Em nota, a GVL disse ter sido surpreendida pela decisão e alegou que utiliza apenas ingredientes autorizados, adquiridos de fornecedores reconhecidos. A empresa também declarou que a fabricação é terceirizada e segue as normas de higiene e qualidade, além de afirmar não ter conhecimento dos efeitos colaterais relatados.
Nome semelhante ao de medicamento
O Zempyc Natural – Mega Concentrado 730 mg também entrou na lista de proibições por apresentar origem e fórmula não comprovadas. Além disso, o nome fazia referência ao medicamento Ozempic, utilizado no tratamento de diabetes e popularizado pelo uso para emagrecimento.
De acordo com a Preço Justo Gestão Empresarial, o problema estaria restrito a informações no rótulo, que já teriam sido corrigidas, assim como a alteração do nome. A Anvisa, no entanto, destacou que o suplemento era divulgado de forma irregular em redes sociais como Facebook e Instagram, com promessas de perda de peso, queima de gordura e aumento de energia, práticas proibidas para este tipo de produto.
Publicidade irregular
Tanto o Ki-Fit-Turbo quanto o Zempyc Natural estavam sendo promovidos como soluções para emagrecimento e melhora da saúde, com alegações que não têm comprovação científica nem autorização legal. A Anvisa reforçou que suplementos alimentares não podem ser comercializados como tratamento para doenças ou com efeitos terapêuticos.