Da Redação | 17 de setembro de 2025 - 10h20

Trinta anos abrindo caminhos para quem sonha com um pedaço de terra

Plan Loteamentos completa três décadas ajudando famílias de baixa renda a conquistarem a casa própria e defende um setor mais justo em Mato Grosso do Sul

MORADIA
Diretor da Plan Loteamentos fala sobre desafios do setor e defende papel social da empresa em entrevista de aniversário - (Foto: A Crítica)

Na manhã desta quarta-feira (17), o empresário Rubens Filinto falou ao vivo para todo o Mato Grosso do Sul. Sentado no estúdio da Central de Jornalismo do Grupo Feitosa de Comunicação, ele foi o entrevistado do programa Giro Estadual de Notícias, transmitido por rádios e também pelas redes sociais do jornal A Crítica. Durante a conversa, Rubens foi direto, didático e até poético. Entre dados e opiniões, falou de coatis, da casa própria e do sonho de ter um terreno para chamar de seu.

Rubens Filinto é CEO da Plan Loteamentos, empresa sul-mato-grossense que completa 30 anos ajudando milhares de famílias a realizarem o sonho da casa própria. Ao longo de três décadas, a Plan se firmou como referência em moradia acessível no estado, oferecendo oportunidades reais a quem tradicionalmente ficava fora do mercado imobiliário. "A gente atende aquele público que não consegue comprovar renda, que às vezes tem o nome restrito ou não tem os 30% de entrada exigidos pelos bancos", explicou ele.


Empresa sul-mato-grossense celebra 30 anos oferecendo moradia acessível e criticando entraves do mercado imobiliário

Segundo Rubens, o diferencial da empresa está na facilidade: entrada pequena, sem burocracia e com parcelamento. "Nossa entrada é de 1% a 2% do valor do imóvel. E a gente ainda parcela. Às vezes a pessoa não tem nem isso, mas tem o sonho. E o nosso trabalho é ajudar essa pessoa a conquistar esse sonho", disse.

IPTU, obras e regras que mudam no meio do jogo - Durante a entrevista, Rubens comentou vários assuntos que afetam o setor imobiliário. Um deles foi a cobrança do IPTU em Campo Grande, que passou por uma audiência pública. "Foram encontrados problemas graves, quase uma dezena", contou. Mas ele viu com bons olhos a reação da prefeitura. "O Executivo reconheceu os erros e está disposto a dialogar. Isso dá esperança de que a gente consiga construir uma solução em conjunto."

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egundo Rubens, o diferencial da empresa está na facilidade: entrada pequena, sem burocracia e com parcelamento

Outro tema foi a suspensão de licenças de obras no entorno do Parque do Prosa. Rubens não entrou nos detalhes técnicos, mas criticou a insegurança jurídica que isso gera. "As obras têm alvará, estão dentro da lei. Não dá pra mudar a regra com o jogo em andamento", afirmou. Para ele, decisões como essa assustam investidores e atrapalham a geração de empregos. "No fim, quem perde é a cidade."

"A gente sempre trabalhou com propósito. E nosso propósito é dar acesso à moradia pra quem mais precisa. Isso enche a gente de alegria."

A mão de obra que foge da carteira assinada - Rubens Filinto também falou sobre a dificuldade de contratar trabalhadores na construção civil. "Tem mão de obra, sim. O problema é que muita gente não quer ser registrada, porque tem medo de perder o Bolsa Família ou outro benefício", explicou. Ele disse que empresas como a Plan, que seguem regras de governança e exigem nota fiscal ou CLT, enfrentam mais dificuldade. "Se fosse pra contratar por fora, a gente achava fácil. Mas a gente quer fazer certo."


Diretor da Plan Loteamentos fala sobre desafios do setor e defende papel social da empresa em entrevista de aniversário

O que dizem dos vazios urbanos e o que ele pensa - Um dos momentos mais curiosos da entrevista foi quando Rubens falou sobre os "vazios urbanos" — terrenos sem construção dentro da cidade. Para alguns, esses espaços são sinal de especulação. Para Rubens, eles têm função social e ambiental.

"Boa parte desses terrenos é do próprio município, da União, do Exército, da Marinha, da Embrapa. Outra parte está nas mãos de famílias simples, que compraram um terreno como forma de poupança", disse. "Chamar essas pessoas de especuladoras é injusto. Tem senhorinha que comprou um lote pra garantir a velhice, pai de família que quer pagar a faculdade do filho."

E foi além. Disse que os vazios ajudam a manter a cidade verde, com menos trânsito e mais espaço para a fauna urbana. "É ali que o quero-quero vai botar um ovo. É onde a água da chuva infiltra no solo. Não dá pra querer transformar tudo em cimento."


Rubens Filinto é CEO da Plan Loteamentos, empresa que está completando 30 anos

Um empreendedor com causa - Com voz tranquila e fala firme, Rubens também destacou a importância do setor imobiliário para a economia local. "A construção civil é uma das que mais geram emprego e renda. Mas, pra atrair investimento, a cidade precisa ter regras claras, segurança jurídica, aprovações rápidas. Se tudo for muito difícil, o investidor vai embora."

Sobre os 30 anos da Plan, ele falou com orgulho. "A gente sempre trabalhou com propósito. E nosso propósito é dar acesso à moradia pra quem mais precisa. Isso enche a gente de alegria."

No fim da entrevista, Rubens agradeceu ao Grupo Feitosa e ao público que acompanhou a transmissão em todo o estado. "Foi muito bom poder conversar com tanta gente e mostrar o que a gente faz com tanto carinho".
Confira a entrevista na íntegra: