Como votaram os deputados de Mato Grosso do Sul na PEC da blindagem
Quatro votaram a favor, dois contra; saiba quem se protegeu e quem rejeitou a proposta que limita punições a políticos
PEC DA BLINDAGEMNa noite da terça-feira, 16 de setembro de 2025, a Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, a PEC da blindagem — nome popular da Proposta de Emenda à Constituição 3 de 2021, que altera as regras para processar e prender parlamentares. A votação foi simbólica para o Brasil, mas ainda mais significativa para os eleitores de Mato Grosso do Sul, que agora sabem exatamente como cada um de seus representantes se posicionou diante da proposta.
No total, seis deputados federais do estado registraram voto na sessão. Quatro deles disseram "sim" à PEC, votando a favor das novas barreiras para que políticos sejam alvos de ações da Justiça. Outros dois se posicionaram contra a proposta, em defesa da manutenção dos atuais mecanismos de responsabilização.
Veja como cada deputado de Mato Grosso do Sul votou:
Deputado Voto Beto Pereira (PSDB) Sim Dr. Luiz Ovando (PP) Sim Marcos Pollon (PL) Sim Rodolfo Nogueira (PL) Sim Geraldo Resende (PSDB) Não Vander Loubet (PT) NãoO que diz a PEC da blindagem - A proposta altera a Constituição e dificulta o processo judicial contra parlamentares. Segundo o novo texto, deputados e senadores só poderão ser investigados ou processados após autorização da própria Casa — por maioria simples. Além disso, só poderão ser presos em flagrante por crimes inafiançáveis, como racismo ou terrorismo. Mesmo nesses casos, a prisão só se mantém se for aprovada em até 24 horas pelos colegas do Congresso.
Outra mudança polêmica: a ampliação do foro privilegiado para presidentes de partidos políticos com representação no Congresso, que também passariam a ser julgados apenas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Para os eleitores sul-mato-grossenses, a votação revela quem, na prática, apoia um modelo de maior proteção a políticos — e quem acredita que parlamentares devem continuar sujeitos às leis como qualquer outro cidadão.
Movimentos sociais, organizações de combate à corrupção e ativistas de transparência pública já expressaram preocupação com a proposta. A crítica central é que a PEC cria um “manto de impunidade” ao dificultar o trabalho do Judiciário e do Ministério Público.
E agora? A PEC ainda precisa ser aprovada em segundo turno na Câmara e, depois, seguir para o Senado. Mas o registro da votação já permite que cada eleitor cobre, questione e acompanhe o comportamento dos seus representantes. Afinal, transparência começa pelo voto.