O Santos foi condenado pelo Tribunal de Futebol da Fifa a pagar 2,3 milhões de euros (aproximadamente R$ 14,4 milhões) ao técnico Pedro Caixinha e sua comissão técnica, demitidos em abril. A maior parte do valor, cerca de 2 milhões de euros, corresponde à ação de Caixinha, que ainda pode recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS). A informação foi divulgada inicialmente pelo Trivela e confirmada pelo Estadão.

Durante o processo, o clube conseguiu reduzir R$ 1,4 milhão da condenação, mas precisará pagar imediatamente 5% sobre o valor a título de juros e correções. O restante ficará suspenso até a análise de todos os recursos, sem prazo definido para o pagamento integral.

O Santos tem dez dias para solicitar à Fifa os fundamentos da decisão, cujo retorno pode levar até 30 dias. Após isso, terá 21 dias para apresentar recurso no CAS, mantendo a suspensão do pagamento até o julgamento final.

Dos cinco processos movidos por Caixinha e sua equipe, apenas o do auxiliar José Guilherme Oliveira foi anulado por estar fora da competência da Fifa. Além de Caixinha, Pedro Malta, José Prata e José Belman também obtiveram decisões favoráveis, garantindo indenizações individuais.

A disputa começou após a demissão de Caixinha em 14 de abril, um dia depois da derrota para o Fluminense. O treinador acionou a Fifa alegando rescisão unilateral de contrato e reivindicando o pagamento integral da multa, estimada em R$ 15 milhões. Tentativas de acordo não avançaram, levando o caso a uma decisão judicial internacional.

Caixinha comandou o Santos em 18 partidas, com sete vitórias, quatro empates e sete derrotas, rendimento de 46%. Desde sua saída, o clube já realizou nova troca de comando, agora sob a direção do técnico argentino Juan Pablo Vojvoda.