Um incêndio no entorno do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, a 265 km de Campo Grande, mobilizou brigadistas, bombeiros e equipes ambientais durante quase cinco dias de combate. As chamas, que destruíram áreas de vegetação nativa, propriedades rurais e ameaçaram atrativos turísticos, podem ter sido provocadas por queima irregular de folhas em uma propriedade particular.

De acordo com boletim de ocorrência, uma moradora de 67 anos teria ateado fogo em folhagens após limpeza de terreno na Colônia Canaã. O vento forte fez as chamas atravessarem a estrada e invadirem áreas agropastoris. A idosa relatou o caso à Polícia Militar Ambiental, que investiga a ocorrência como crime ambiental. A pena prevista é de dois a quatro anos de prisão, além de multa.

Durante os dias de combate, a fumaça intensa provocou sintomas como dor de cabeça e tontura em moradores da região. Proprietários de pousadas e reservas particulares relataram preocupação com a proximidade do fogo e riscos a casas e pontos turísticos.

Na segunda-feira (15), chegou a circular a versão de que o incêndio teria começado com a queima de uma capivara morta encontrada à beira da estrada. A hipótese foi descartada após a apuração das autoridades.

Segundo os bombeiros de Bonito, os focos de incêndio foram oficialmente extintos nesta terça-feira (16). Apesar disso, moradores e empresários do turismo alertam para o risco de novos episódios, que podem afetar diretamente a imagem da Serra da Bodoquena como polo do turismo ecológico no Estado.