Desemprego recua para 5,6% e atinge menor patamar para o trimestre desde 2015
Com mais pessoas ocupadas, renda média sobe e massa salarial alcança R$ 352,3 bilhões, segundo o IBGE
DESEMPREGO NO BRASILA taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (16) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa o menor patamar para esse período desde 2015.
No mesmo trimestre de 2024, a taxa de desemprego era de 6,8%. Já no trimestre anterior, encerrado em junho, o índice estava em 5,8%. A nova queda mostra uma recuperação consistente do mercado de trabalho no país, acompanhada de crescimento da renda média e da massa salarial.
A taxa registrada ficou abaixo das expectativas do mercado, cuja mediana previa um recuo para 5,7%. As projeções variavam entre 5,6% e 6%.
O levantamento também aponta avanço na renda média real habitual dos trabalhadores, que chegou a R$ 3.484 no trimestre encerrado em julho. Esse valor representa um aumento de 3,8% em relação ao mesmo período de 2024, indicando melhora na qualidade das ocupações e no poder de compra da população.
Já a massa de rendimento real habitual — que considera o total pago a todos os trabalhadores ocupados — atingiu R$ 352,3 bilhões, alta de 6,4% na comparação anual.
Os dados positivos são reflexo da maior ocupação da força de trabalho e da informalidade relativamente controlada, além de políticas de estímulo ao consumo e retomada gradual da atividade econômica.
A melhora no mercado de trabalho tem sido acompanhada também por maior geração de vagas formais, como indicam os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados anteriormente.
Apesar dos avanços, especialistas apontam que ainda há desafios importantes a serem superados, como a precarização de parte das ocupações, a informalidade em níveis elevados e a desigualdade salarial entre diferentes regiões e grupos da população.
A sustentabilidade dessa recuperação também depende do cenário macroeconômico, especialmente em relação ao controle da inflação, taxa de juros e desempenho da indústria e dos serviços.