Com o inverno chegando ao fim, Mato Grosso do Sul enfrenta um cenário de calor extremo e risco de tempestades. Nesta segunda-feira (15), o sol aparece entre nuvens, mas a formação de uma área de baixa pressão atmosférica associada a um cavado deve aumentar a nebulosidade a partir da tarde, favorecendo pancadas de chuva.

Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), essas instabilidades podem vir acompanhadas de raios e rajadas de vento, especialmente nas regiões centro-sul e oeste. Embora a maior probabilidade de chuva esteja concentrada nessas áreas, há chance de precipitações isoladas em outras partes do estado. Os ventos sopram do leste, com intensidade entre 40 e 60 km/h, podendo registrar rajadas ainda mais fortes.

As temperaturas seguem acima do esperado para o inverno. Em Campo Grande, a mínimas  fica em20 °C, e a máxima pode chegar a 36 °C. No sul, cone-sul e Grande Dourados, os termômetros oscilam entre 17 °C e 19 °C nas mínimas, com máximas de 28 °C a 34 °C.

No Pantanal e sudoeste, as mínimas ficam entre 23 °C e 26 °C, enquanto as máximas podem alcançar de 38 °C a 40 °C. Já nas regiões do bolsão, leste e norte, as mínimas variam de 19 °C a 22 °C, e as máximas vão de 36 °C a 39 °C.

No domingo (14), Campo Grande registrou a menor umidade relativa do ar entre as capitais brasileiras, com índice de apenas 14%, somado a um calor de 37,7 °C, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O calor extremo também atingiu outras cidades: Aquidauana marcou 40,8 °C, a maior temperatura do país no período. Porto Murtinho registrou 40,4 °C e Coxim 40,3 °C. Nessas e em outras localidades, como Cassilândia e Costa Rica, a umidade do ar ficou entre 12% e 15%.

O estado enfrenta uma estiagem que deve persistir até o fim de setembro, conforme os modelos climáticos. Até o dia 26, os maiores acumulados de chuva estão previstos para a região centro-sul, com volumes entre 10 e 70 milímetros. A região norte deve receber menos precipitação.