Ricardo Eugenio | 14 de setembro de 2025 - 19h58

Site com visitas virtuais e agendamento deve facilitar acesso ao etnoturismo em Nioaque

Comunidades indígenas de MS planejam receber turistas em 2026 com experiências culturais e calendário de eventos

TURISMO
Apresentação cultural com dança e cantos tradicionais na aldeia Cabeceira. - (Foto: Sebrae)

A partir de 2026, turistas terão uma nova forma de conhecer a cultura indígena em Mato Grosso do Sul. Em Nioaque, a 185 km de Campo Grande, quatro aldeias Terena (Cabeceira, Água Branca, Taboquinha e Brejão) e a Vila Atikum preparam um projeto de etnoturismo que prevê visitas presenciais e passeios virtuais.

A iniciativa, chamada NIOAC – Turismo e Cultura Indígena, é organizada com apoio do Sebrae/MS e da Fundação de Turismo do Estado. O objetivo é gerar renda para as comunidades por meio de atividades como trilhas históricas, banhos de rio, gastronomia tradicional, pintura corporal, dança, artesanato e visitas ao museu Terena.


Apresentação cultural com dança e cantos tradicionais na aldeia Cabeceira. (Foto: Sebrae)

Um site específico reunirá informações sobre os roteiros, calendário de eventos e agendamento de visitas. A página também permitirá visitas virtuais, funcionando como vitrine digital dos atrativos. O link divulgado é https://conteudo.ms.abrasel.com.br/4-festival-do-peixe-pratos-inscritos.

O planejamento, iniciado em janeiro, deve ser concluído em novembro. Inclui a capacitação de moradores como guias, cursos de primeiros socorros e turismo de aventura, além da criação do Conselho Municipal de Turismo. As atividades seguirão as normas da Funai, que exigem carta de anuência para autorizar o funcionamento.


Moradores da aldeia Brejão participam de curso de formação em turismo comunitário.

A aldeia Brejão se destaca na preparação e já se tornou referência em treinamentos. O projeto prevê ainda um calendário de eventos esportivos e gastronômicos, nos quais as aldeias poderão ser incluídas.