Aliado de Bolsonaro defende anistia e diz que ex-presidente será candidato em 2026
Hélio Lopes critica condenação no STF e diz esperar que proposta de anistia avance na Câmara ainda esta semana
POLÍTICA NACIONALO deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), aliado próximo de Jair Bolsonaro, afirmou neste domingo (14) que espera ver a proposta de anistia pautada na Câmara dos Deputados ainda esta semana. A declaração foi feita em frente ao Hospital DF Star, em Brasília, onde o ex-presidente passou por um procedimento dermatológico.
Segundo o parlamentar, embora não faça parte da liderança da Casa, há sinais de que partidos como União Brasil e PP pretendem colocar a proposta em votação nos próximos dias. A iniciativa busca anular as condenações relacionadas à tentativa de golpe de Estado, caso pelo qual Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão.
'Bolsonaro será candidato', diz deputado
Lopes também reforçou a confiança na retomada da elegibilidade de Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente “será candidato em 2026”, mesmo estando atualmente impedido de disputar eleições desde junho de 2023.
“Não existe anistia leve ou light. Existe anistia”, disse o deputado.
Ele ainda comentou o voto do ministro Luiz Fux, que foi o único da Primeira Turma do STF a votar pela absolvição de Bolsonaro. Para o deputado, a manifestação de Fux “mostra quem está certo e quem está errado”.
Escolta é alvo de críticas de Carlos Bolsonaro
Bolsonaro está cumprindo prisão domiciliar e teve sua saída para o hospital autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ele foi escoltado por policiais penais do Distrito Federal, sob forte esquema de segurança. Essa foi sua primeira saída desde a condenação.
Do lado de fora do hospital, apoiadores se reuniram em solidariedade ao ex-presidente, incluindo os vereadores Carlos Bolsonaro (Rio de Janeiro) e Renan Bolsonaro (Balneário Camboriú-SC), filhos do ex-mandatário.
Pelas redes sociais, Carlos Bolsonaro classificou a operação de escolta como um "circo armado" e uma tentativa de "humilhação" contra seu pai. “Fica claro: o objetivo é fragilizá-lo, expô-lo e ofendê-lo, em nome da tal missão dada, missão cumprida - até mesmo durante uma cirurgia!”, escreveu ele no X, antigo Twitter.
Bolsonaro passou por retirada de lesões
O ex-presidente de 70 anos foi submetido à retirada de duas lesões na pele. Uma delas foi identificada como “nevo melanocítico do tronco”, uma pinta geralmente benigna, e o outro material foi encaminhado para biópsia.
Hélio Lopes afirmou ainda que aguarda uma resposta do STF sobre seu pedido de autorização para visitar Bolsonaro, mas até o momento não teve retorno.