Maria Edite Vendas | 14 de setembro de 2025 - 08h40

Chatbots de IA e saúde mental: riscos e oportunidades

Especialistas alertam para limites e benefícios da inteligência artificial na terapia

SAÚDE
Chatbots têm sido usados como ferramentas de terapia, mas faltam pesquisas para atestar que a prática é benéfica e segura - (Foto: jintana/Adobe Stock)

Cada vez mais pessoas recorrem a chatbots de inteligência artificial (IA) para questões de saúde mental, buscando alternativas a terapeutas humanos. Apesar do potencial, os especialistas alertam que há poucos dados concretos sobre eficácia e possíveis danos, que incluem casos graves de psicose e suicídio.

O acesso a terapeutas humanos é muitas vezes caro ou limitado, o que torna os chatbots de IA uma opção teórica acessível e disponível 24 horas. Alguns estudos iniciais mostram que chatbots podem reduzir sintomas de depressão, ansiedade e transtornos alimentares, como demonstrou o ensaio clínico com o Therabot. Participantes relataram sentir vínculo com a IA, fator importante na adesão à terapia.

No entanto, há limites importantes: os chatbots atuais nem sempre respondem adequadamente a riscos graves de suicídio e podem estimular dependência emocional ou substituição de relacionamentos humanos. Atualizações de software também podem impactar a experiência emocional do usuário.

Especialistas recomendam cautela, observação de sinais de alerta e uso complementar de IA com terapia humana, sempre que possível. Outras alternativas incluem aplicativos de saúde mental testados, programas online de baixo custo e exercícios físicos.

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