Um dos documentários mais comentados da Netflix nas últimas semanas é “Número Desconhecido: Catfishing na Escola”, lançado em 29 de agosto. A produção rapidamente ganhou destaque e alcançou o segundo lugar entre os filmes mais assistidos mundialmente na plataforma.

A obra acompanha a história de Lauryn Licari, de Michigan (EUA), que aos 13 anos passou a receber mensagens anônimas de ódio e ameaças, junto com o então namorado, Owen. Os ataques começaram em 2020, tiveram uma pausa e voltaram a acontecer em 2021.

A gravidade das mensagens chamou a atenção da polícia, principalmente porque muitos detalhes só poderiam ser conhecidos por pessoas muito próximas à adolescente.

Após meses de investigações frustradas, o FBI rastreou as mensagens e descobriu que a responsável era a própria mãe de Lauryn, Kendra Licari. Em 2022, ela foi presa e condenada por perseguição a menores, recebendo pena de 5 anos e 18 meses de prisão.

No ano seguinte, Kendra deixou o cárcere e manifestou desejo de retomar o contato com a filha. Questionada sobre suas motivações, alegou traumas pessoais: contou ter sido estuprada quando tinha a mesma idade de Lauryn e disse que se sentia assustada ao ver a filha crescer.

Atualmente com 18 anos, Lauryn vive o dilema de decidir se deve ou não reaproximar-se da mãe. De acordo com a diretora do documentário, Skye Borgman, a jovem já demonstrou em alguns momentos o desejo de reconstruir o relacionamento.

O caso segue repercutindo pela gravidade e pela maneira inesperada como foi solucionado, evidenciando os perigos do ciberbullying e os impactos devastadores dentro das famílias.