Agência Brasil | 12 de setembro de 2025 - 21h45

EUA retiram tarifas extras sobre celulose e ferro-níquel do Brasil após ordem executiva

Decisão beneficia 25% das exportações brasileiras para os EUA, com destaque para o setor de celulose; Alckmin vê avanço, mas pede cautela

TARIFAS
EUA retiram tarifas extras sobre celulose e ferro-níquel do Brasil após ordem executiva. - (Foto: Isac Nóbrega/PR)

As exportações brasileiras de celulose e ferro-níquel para os Estados Unidos foram beneficiadas por uma nova decisão do governo norte-americano. A Ordem Executiva nº 14.346, publicada em 5 de setembro, isenta esses produtos das tarifas adicionais anunciadas ao longo de 2024, que previam uma alíquota de 10% e uma sobretaxa de 40%.

Na prática, a medida retira um peso significativo das exportações nacionais. Só no ano passado, o Brasil vendeu cerca de US$ 1,84 bilhão em celulose e ferro-níquel para os EUA, valor que corresponde a 4,6% do total exportado ao mercado norte-americano. A celulose foi o principal destaque, movimentando US$ 1,55 bilhão em pastas químicas de madeira não conífera e conífera.

Avanço para o setor de celulose

Com a exclusão, 25,1% do total exportado pelo Brasil aos Estados Unidos passa a ficar livre tanto da alíquota de 10% quanto da sobretaxa de 40% impostas pelo governo norte-americano a produtos brasileiros.

Para o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, a decisão representa um avanço, embora ainda haja desafios pela frente.

“O governo segue empenhado em diminuir a incidência de tarifas dos EUA sobre os produtos brasileiros. A mais recente ordem executiva dos EUA representa um avanço sobretudo para o setor de celulose do Brasil. Mas ainda há muito a ser feito e seguimos trabalhando para isso”, declarou.

Exportações brasileiras e impacto das tarifas

Segundo dados do MDIC divulgados em 11 de setembro, as exportações brasileiras para os Estados Unidos somam cerca de US$ 40 bilhões. Desse total: