Em Dourados, nesta quinta-feira (11 de setembro), produtores, empresas e autoridades se reuniram para discutir o futuro da suinocultura em Mato Grosso do Sul. Foi a segunda edição do Workshop do Programa Asumas de Sustentabilidade (PAS), promovido pela Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores (Asumas).

O encontro foi organizado em quatro grandes temas: biogás, adubação orgânica com dejetos suínos, crédito ambiental e mercado de carbono. A metodologia usada estimulou a troca de experiências, permitindo que cada participante contribuísse com soluções práticas.

Renato Spera, presidente da Asumas, destacou que o evento consolidou a união do setor. Segundo ele, as pautas estão alinhadas às metas de sustentabilidade e às exigências de mercado. “A suinocultura tem grande potencial de contribuição, pois, além de gerar proteína de qualidade, oferece oportunidades de integração com a agricultura e a pecuária. Esse casamento de atividades abre novas perspectivas para o produtor.”

Entre os pontos fortes, Spera citou o uso de dejetos para adubar lavouras, a geração de energia a partir do biogás e a possibilidade de obter crédito de carbono, iniciativas que fortalecem a economia das propriedades e reduzem impactos ambientais.

Rubens Flávio Mello Corrêa, representante da Semadesc, lembrou que a sustentabilidade não é mais opcional. “Hoje não há como produzir proteína sem sustentabilidade ambiental e social. Os mercados, principalmente os externos, exigem isso. Programas como o PAS mostram que a Asumas está no caminho certo, trazendo soluções inovadoras para garantir competitividade e responsabilidade ao setor.”

O workshop teve apoio do Sebrae/MS e da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). As propostas levantadas serão usadas para planejar novas ações, com foco em médio e longo prazo.