Agência Einstein | 11 de setembro de 2025 - 13h10

Estudo da UFMS mostra potencial da taioba em receitas nutritivas

Hortaliça rica em minerais, vitaminas e antioxidantes pode virar farinha e incrementar pratos como muffins, pães, sopas e recheios

ALIMENTAÇÃO
Taioba é uma folha rica em nutrientes - Foto: Jobz fotografia/Adobe Stock

Pouco conhecida em muitas regiões do Brasil, a taioba é uma planta de folhas grandes e extremamente nutritivas. Ela concentra minerais como ferro, cálcio, potássio, magnésio e zinco, além das vitaminas A e C, fibras e compostos antioxidantes.

Um estudo do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) mostrou como a hortaliça pode enriquecer receitas. Os pesquisadores produziram uma farinha a partir da taioba desidratada e criaram muffins mais nutritivos, que agradaram no teste de aceitação feito por voluntários.

Entre os principais benefícios, a taioba oferece:

Além das folhas, a planta também possui um rizoma semelhante a uma batata, rico em amido, bastante consumido em algumas regiões.

Como diferenciar a taioba comestível da tóxica

A taioba é nativa da América do Sul e cresce espontaneamente em áreas do litoral e do interior de Minas Gerais e Goiás. A variedade taioba-mansa (Xanthosoma sagittifolium) é a comestível, com talo verde e folhas em formato de coração contornadas por linha fina. Já a taioba-brava (Colocasia antiquorum) não deve ser consumida, pois contém alto teor de oxalato de cálcio, que pode causar inchaço e asfixia. Sua característica principal é o talo roxo.

Mesmo a versão comestível deve ser cozida antes do consumo, pois possui compostos antinutricionais. Tradicionalmente, é servida refogada com alho, mas também pode ser usada como: recheio de massas, pastéis, tortas e quiches; ingrediente para enriquecer arroz, sopas e pães; farinha, ao ser desidratada e triturada, ideal para panquecas, bolinhos e massas.

Outras PANCs

A taioba integra o grupo das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), cada vez mais estudadas e valorizadas pela diversidade nutricional. Outras espécies conhecidas são:

Apesar de nutritiva, a taioba ainda não tem cadeia produtiva consolidada no Brasil. Por isso, é mais comum encontrá-la em feiras de orgânicos e com pequenos produtores.