Redação | 11 de setembro de 2025 - 10h00

Produção de petróleo no Brasil bate novo recorde em julho, aponta Opep

Oferta brasileira alcança 4,8 milhões de barris por dia e segue como uma das principais fontes de crescimento fora da Opep

ECONOMIA
Produção de combustíveis do Brasil alcança recorde em julho - (Foto: Fabio Motta/Estadão)

A produção de combustíveis líquidos no Brasil atingiu um novo recorde em julho, segundo dados divulgados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) nesta quinta-feira. O volume total chegou a 4,8 milhões de barris por dia (bpd), um avanço de 70 mil bpd em relação ao mês anterior. No caso do petróleo bruto, o crescimento foi ainda maior, com alta de 199 mil bpd, somando 4 milhões de bpd.

Apesar da marca histórica, a Opep manteve suas projeções para os próximos anos. Em 2025, o Brasil deve produzir, em média, 4,4 milhões de bpd, um aumento estimado de 230 mil bpd. Para 2026, a expectativa é de nova alta, de 160 mil bpd, chegando a uma média de 4,5 milhões por dia.

Com esse desempenho, o Brasil segue como um dos principais produtores fora da Opep a impulsionar o crescimento da oferta global, ao lado de Estados Unidos, Canadá e Argentina.

No cenário macroeconômico, o relatório também manteve as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro: alta de 2,3% em 2025 e de 2,5% em 2026. No entanto, a Opep alerta para riscos de baixa, como as tarifas elevadas aplicadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e o desafio fiscal no Brasil.

A inflação brasileira deve permanecer em torno de 5% no próximo ano, o que limita o espaço para cortes na taxa básica de juros (Selic) antes do fim de 2025, segundo a entidade.

Em relação ao desempenho global, as projeções da Opep seguem inalteradas: o PIB mundial deve crescer 3% em 2025 e 3,1% em 2026. A economia dos Estados Unidos deve registrar expansão de 1,8% neste ano e 2,1% no próximo. Para a China, o crescimento previsto é de 4,8% em 2025 e 4,5% em 2026. A zona do euro deve manter ritmo mais lento, com alta de 1,2% nos dois próximos anos.