Produção de petróleo no Brasil bate novo recorde em julho, aponta Opep
Oferta brasileira alcança 4,8 milhões de barris por dia e segue como uma das principais fontes de crescimento fora da Opep
ECONOMIAA produção de combustíveis líquidos no Brasil atingiu um novo recorde em julho, segundo dados divulgados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) nesta quinta-feira. O volume total chegou a 4,8 milhões de barris por dia (bpd), um avanço de 70 mil bpd em relação ao mês anterior. No caso do petróleo bruto, o crescimento foi ainda maior, com alta de 199 mil bpd, somando 4 milhões de bpd.
Apesar da marca histórica, a Opep manteve suas projeções para os próximos anos. Em 2025, o Brasil deve produzir, em média, 4,4 milhões de bpd, um aumento estimado de 230 mil bpd. Para 2026, a expectativa é de nova alta, de 160 mil bpd, chegando a uma média de 4,5 milhões por dia.
Com esse desempenho, o Brasil segue como um dos principais produtores fora da Opep a impulsionar o crescimento da oferta global, ao lado de Estados Unidos, Canadá e Argentina.
No cenário macroeconômico, o relatório também manteve as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro: alta de 2,3% em 2025 e de 2,5% em 2026. No entanto, a Opep alerta para riscos de baixa, como as tarifas elevadas aplicadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e o desafio fiscal no Brasil.
A inflação brasileira deve permanecer em torno de 5% no próximo ano, o que limita o espaço para cortes na taxa básica de juros (Selic) antes do fim de 2025, segundo a entidade.
Em relação ao desempenho global, as projeções da Opep seguem inalteradas: o PIB mundial deve crescer 3% em 2025 e 3,1% em 2026. A economia dos Estados Unidos deve registrar expansão de 1,8% neste ano e 2,1% no próximo. Para a China, o crescimento previsto é de 4,8% em 2025 e 4,5% em 2026. A zona do euro deve manter ritmo mais lento, com alta de 1,2% nos dois próximos anos.