Presidente da CBF critica arbitragem e acusa antijogo após derrota do Brasil para a Bolívia
Samir Xaud disse que vai relatar à Conmebol abusos contra a delegação brasileira em El Alto, incluindo ações da polícia local. Seleção fechou Eliminatórias com pior desempenho da história no formato atual
SELEÇÃO BRASILEIRAA derrota para a Bolívia em El Alto, pela última rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo, gerou forte reação do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud. O dirigente criticou duramente a arbitragem, acusou os bolivianos de praticarem antijogo e ainda relatou episódios de truculência da polícia local contra a delegação brasileira.
“Foi uma tristeza o que ocorreu aqui. Viemos para jogar futebol e nos deparamos com antijogo. Além da altitude de 4 mil metros, enfrentamos arbitragem, polícia e até gandulas, que atrapalhavam a partida colocando ou retirando bolas de campo. Uma verdadeira várzea, algo que não se espera do futebol sul-americano”, disse Xaud na zona mista do Estádio Municipal de El Alto.
Segundo o presidente, parte das ações da polícia foi registrada em vídeo e será encaminhada à Conmebol como forma de denúncia.
O revés contra a Bolívia consolidou o pior desempenho do Brasil no atual formato das Eliminatórias. Sem compromissos oficiais até 2026, a seleção terá amistosos na próxima Data Fifa de outubro: enfrenta a Coreia do Sul, no dia 10 em Seul, e depois encara o Japão, em 14 de outubro, em Tóquio.
Com a vitória, a Bolívia encerrou a fase em sétimo lugar e precisará disputar a repescagem em busca de vaga para a Copa do Mundo de México, Canadá e Estados Unidos. Até agora, a única seleção já confirmada na repescagem é a Nova Caledônia, representante da Oceania.