A juruva (Baryphthengus ruficapillus), ave conhecida por sua beleza e importância ecológica, pode se tornar o símbolo da Mata Atlântica em Mato Grosso do Sul. O Projeto de Lei 238/2025, apresentado nesta terça-feira (9) pelo deputado estadual Renato Câmara (MDB), começou a tramitar na Assembleia Legislativa e busca oficializar a espécie como representante do bioma no estado.

Segundo o parlamentar, o objetivo é valorizar a biodiversidade regional, reforçar a identidade ecológica sul-mato-grossense e estimular a conscientização sobre a preservação ambiental.

“A proposta não implica criação de despesas ou cargos, trata-se de um instrumento de conscientização e valorização simbólica. O reconhecimento da juruva fortalece o vínculo da população com nosso patrimônio natural e contribui para a formação de uma cultura cidadã voltada à sustentabilidade”, afirmou Câmara.

Uso oficial e ações educativas

O texto prevê que o Poder Executivo utilize a imagem da ave em campanhas educativas, materiais institucionais e eventos ambientais. A espécie é considerada bioindicadora, por habitar áreas bem preservadas, estando diretamente associada à boa qualidade ambiental.

Além do caráter simbólico, a medida deve fomentar atividades como educação ambiental, pesquisas científicas e turismo sustentável, especialmente a observação de aves.

Escolha participativa

A escolha da juruva contou com a participação de especialistas, organizações ambientais e da sociedade civil, em um processo que buscou dar legitimidade à indicação.

No último dia 2 de setembro, durante reunião virtual da Assembleia Legislativa, o tema foi debatido em preparação para a 15ª Conferência das Partes (COP15) sobre espécies migratórias, que acontecerá em março de 2026, em Campo Grande. A expectativa é de que a juruva seja apresentada como novo símbolo estadual no evento internacional.