Trump nega ter autorizado ataque em Doha e promete que ação não se repetirá no Catar
Presidente dos EUA disse que ofensiva foi decisão de Netanyahu e garantiu a segurança do aliado americano no Golfo
INTERNACIONALO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta terça-feira (9) ter autorizado o ataque israelense contra uma delegação do Hamas em Doha, capital do Catar. Em publicação na rede Truth Social, o republicano afirmou que a decisão partiu exclusivamente do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e assegurou que episódios semelhantes não voltarão a ocorrer em território do aliado americano.
“Bombardear unilateralmente dentro do Catar, uma nação soberana e aliada próxima dos EUA, que está trabalhando arduamente e assumindo riscos corajosamente conosco para intermediar a paz, não avança os objetivos de Israel nem dos EUA”, escreveu Trump.
Segundo o presidente, o enviado especial norte-americano, Steve Witkoff, chegou a alertar as autoridades cataris, mas tarde demais para evitar a ofensiva.
Apoio ao Catar
Trump classificou o emirado como “um forte aliado e amigo dos EUA” e disse ter se sentido “muito mal” pelo local do ataque. Ele relatou que conversou por telefone com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al Thani, a quem garantiu que episódios semelhantes não ocorrerão novamente.
“Assegurei que algo assim não acontecerá novamente em seu território”, declarou.
O presidente também informou que instruiu o secretário de Estado, Marco Rubio, a concluir um Acordo de Cooperação em Defesa com o país do Golfo.
Conversa com Netanyahu
Trump disse ainda que falou diretamente com Netanyahu logo após o ataque. Segundo ele, o premiê israelense demonstrou interesse em buscar a paz.
“O premiê me disse que deseja fazer a paz. Acredito que este incidente infeliz possa servir como uma oportunidade para a PAZ”, destacou.
O republicano aproveitou a mensagem para pedir o fim imediato da guerra, condicionado à liberação de todos os reféns ainda mantidos pelo Hamas.