Deputados lulistas e bolsonaristas trocam xingamentos e interrompem CPMI do INSS
Confusão começou após Carlos Lupi se recusar a responder perguntas de oposicionista; Rogério Correia afirmou que "Bolsonaro será preso"
CPMI DO INSSA sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), realizada nesta segunda-feira (8), foi marcada por um tumulto entre parlamentares aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O estopim da confusão foi a recusa do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi em responder perguntas feitas pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), opositor ao governo. A atitude causou revolta entre os bolsonaristas e provocou reações dos governistas.
Em meio aos protestos, o deputado Rogério Correia (PT-MG) gritou: "Bolsonaro vai ser preso na sexta-feira, babaca", mirando o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que respondeu: "Respeita o Bolsonaro". A troca de xingamentos logo se transformou em bate-boca generalizado, com a participação também do deputado Maurício Marcon (Podemos-RS), alinhado ao ex-presidente.
Outros parlamentares precisaram intervir para conter a confusão e dar continuidade à sessão.
No depoimento, Carlos Lupi reconheceu falhas do INSS na prevenção de fraudes em empréstimos consignados, alvo principal da CPI. "O INSS deveria ter agido com mais energia diante das minhas recomendações", afirmou. "Errar é humano. Posso ter errado várias vezes, mas má-fé eu nunca tive", completou.