Australiana é condenada à prisão perpétua por servir cogumelos venenosos e matar três parentes
Erin Patterson foi sentenciada pelo assassinato de familiares após almoço em 2023; vítima sobreviveu após semanas internada
MUNDOA australiana Erin Patterson, de 50 anos, foi condenada nesta segunda-feira (8) à prisão perpétua pelo assassinato de três familiares e pela tentativa de homicídio de uma quarta pessoa. O crime ocorreu em 2023, quando ela serviu um prato com cogumelos venenosos durante um almoço em sua casa.
As vítimas foram Don e Gail Patterson e Heather Wilkinson, que morreram após a refeição. O único sobrevivente foi Ian Wilkinson, marido de Heather, que ficou semanas internado em estado grave antes de se recuperar.
Julgamento e sentença - O caso ganhou repercussão internacional e foi analisado pelo juiz Christopher Beale, que classificou a ação como uma “enorme traição de confiança”. Segundo ele, Erin também teria planejado matar o ex-marido, Simon Patterson, que havia sido convidado para o almoço, mas recusou o convite.
Durante a audiência, o magistrado afirmou que apenas a acusada sabe o real motivo do crime e descreveu o comportamento dela como “impiedoso”. Patterson, por sua vez, manteve a versão de que usou os cogumelos venenosos por engano.
Com a condenação, ela só poderá solicitar liberdade condicional em 2056, quando terá 82 anos.
A espécie usada no prato, conhecida como death cap, é considerada uma das mais letais do mundo. O episódio provocou comoção na Austrália e atraiu atenção da imprensa global pela gravidade e pelas circunstâncias envolvendo membros da mesma família.