Campo Grande celebra 7 de Setembro com desfile e manifestações do 'Grito dos Excluídos'
Evento reuniu 10 mil pessoas na Rua 13 de Maio; após atos cívicos, militantes da esquerda protestaram com críticas ao governo estadual
CAPITALO tradicional desfile de 7 de Setembro levou milhares de pessoas à Rua 13 de Maio, em Campo Grande, neste domingo (7). Segundo a Polícia Militar, cerca de 10 mil pessoas acompanharam as comemorações da Independência do Brasil, que contou com a participação de 4 mil integrantes entre estudantes da rede de ensino, forças armadas, forças de segurança e entidades civis.
O governador Eduardo Riedel destacou a importância da data e elogiou a organização do desfile.
“O 7 de setembro faz parte da reflexão sobre a nossa história, onde estamos e de onde viemos. O desfile é tradicional e a gente participa com entusiasmo. Mais uma vez tivemos um desfile extremamente positivo, com o apoio das Forças Armadas e da segurança pública. Foi um belíssimo desfile, mais um dia de alegria”, disse o governador.
Para ele, o ato reforçou valores democráticos.
“É sempre motivo de muito orgulho participar dessa festa. O sucesso é garantido quando a população comparece como compareceu hoje. É também um momento de reflexão sobre a democracia e os princípios que regem a nossa nação”, completou.
Grito dos Excluídos - Paralelamente ao desfile, militantes de movimentos sociais e partidos de esquerda promoveram o tradicional Grito dos Excluídos, que chegou à sua 31ª edição neste ano. O ato contou com a participação de parlamentares do PT, entre eles deputados federais, estaduais e vereadores.
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) afirmou que a pauta deste ano foi a defesa da soberania e a cobrança de punição aos envolvidos nos atos antidemocráticos.
“A pauta desse ano é a defesa da soberania, sem anistia para os golpistas. Não aceitamos que aqueles que atentaram contra a democracia sejam anistiados. É crime a tentativa de golpe. Queremos reafirmar nosso compromisso com a democracia e com a soberania do Brasil”, disse.
O deputado federal Vander Loubet (PT) ressaltou que a mobilização foi nacional.
“A manifestação defende o Estado Democrático de Direito e traz pautas importantes, como o fim da escala seis por um, a tributação dos super-ricos e a isenção de impostos para quem ganha até cinco salários mínimos. Queremos sensibilizar a população em defesa da soberania e contra qualquer tipo de ditadura”, declarou.
A vereadora Luísa Ribeiro (PT) criticou a atuação do governo estadual durante a manifestação.
“Fizemos um ‘Fora Riedel’, porque ele, através da Polícia Militar, determinou o impedimento da nossa passeata. O Grito dos Excluídos ocorre há mais de 20 anos. É um ato patriótico e democrático, e ninguém pode impedir o povo de se manifestar”, afirmou.
Já o vereador Jean (PT) destacou as reivindicações sociais.
“O Grito dos Excluídos traz pautas que a maioria do povo brasileiro defende, como a taxação dos super-ricos, o fim da escala seis por um e a luta contra a anistia dos que atentaram contra a democracia. Infelizmente, mais uma vez o governador Eduardo Riedel mostrou postura autoritária ao reprimir a classe trabalhadora”, disse.