Governo de MS entrega veículos para reforçar saúde nos municípios e comunidades indígenas
Com foco na redução da mortalidade infantil e combate às arboviroses, entrega inclui caminhonetes e ambulâncias que serão distribuídas em várias regiões do estado
SAÚDEO Governo de Mato Grosso do Sul entregou nesta sexta-feira (5), em Campo Grande, 28 novos veículos destinados ao fortalecimento da saúde pública nos municípios e comunidades indígenas do Estado.
Com investimento de R$ 1.581.300, a ação contempla a entrega de sete caminhonetes voltadas para o combate às arboviroses, além de ambulâncias que serão utilizadas nos polos indígenas e em diferentes secretarias municipais de saúde. Nesta etapa, os municípios beneficiados são Corumbá, Costa Rica, Glória de Dourados, Inocência, Japorã, Jateí e Sonora.
O governador Eduardo Riedel destacou a importância da ação para levar atendimento às regiões com maior dificuldade de acesso. “É fundamental que a gente possa chegar onde as pessoas têm mais dificuldade de acesso. E, no caso das comunidades indígenas, esse é um equipamento que pode trazer muitas soluções”, afirmou.
Segundo Riedel, a entrega representa um esforço coletivo entre os diferentes entes federativos. “Isso vai ajudar a fortalecer o sistema de saúde do Estado de Mato Grosso do Sul. Não é só o Estado, não é só o município, não é só o governo federal. É o conjunto que vai fortalecer para gerar esse resultado para a população.”
O governador também classificou como inédita a entrega direta de ambulâncias aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). “É uma situação inédita. Da ambulância diretamente aos DSEIs, para que eles possam melhorar a condição de atendimento e fazer com que as pessoas cheguem ao centro de atendimento.”
Ações integradas nas aldeias e nos centros urbanos - A secretária-adjunta de Saúde, Crhistine Maymone, explicou que as caminhonetes são fundamentais para o trabalho de campo das equipes de vigilância em saúde. “Elas são para que as equipes possam ir até os pontos estratégicos, combater o vetor que é o Aedes aegypti, que causa dengue, chikungunya e febre oropouche. Na prática, são para o enfrentamento das viroses”, disse.
Ela destacou que o enfrentamento não acontece apenas nas aldeias, mas também nas áreas urbanas. “Isso tudo é feito através dos agentes de endemias, da dispersão de inseticidas, da comunicação, da remoção de focos. A mobilização da sociedade também é essencial, com o cuidado dos terrenos e das próprias casas”, completou.
Maymone também revelou que o estado vem utilizando uma tecnologia chamada “ovitrampa”, uma espécie de isca que atrai a larva do mosquito. “A gente já implantou essa isca em várias regiões, inclusive em aldeias indígenas”, disse.
Outra frente importante mencionada por Riedel diz respeito ao abastecimento de água nas comunidades indígenas. “Estamos falando de água para as aldeias Jaguapiru e Bororó em Dourados, e também para outras comunidades. Há dois recursos sendo viabilizados: um de Itaipu e outro de emenda federal da bancada, no valor de R$ 53 milhões, que estava contingenciado e agora foi liberado”, explicou o governador.
“Ficamos felizes, porque é um sinal claro de que o governo federal, o governo do Estado e a nossa bancada estão trabalhando em conjunto”, afirmou. Segundo ele, os projetos estão sendo contratados e as obras devem começar até o início de 2026.
Hospital Regional de Dourados será entregue neste mês - Riedel também anunciou a entrega do novo Hospital Regional de Dourados para o dia 29 de setembro. A unidade vai atender uma região composta por 32 municípios. “Há uma necessidade urgente na Grande Dourados. Estamos entregando um equipamento de porte, que começa a funcionar ainda neste mês”, afirmou.
O hospital já está com a estrutura contratada e em processo de mobília e instalação dos equipamentos. “É um equipamento que muda a realidade da região, esperado por todos. Vamos escalar os atendimentos por modalidade para oferecer o melhor serviço possível”, completou.
Posição sobre a anistia do 8 de janeiro - Questionado sobre sua posição a respeito do projeto de anistia relacionado aos atos de 8 de janeiro de 2023, Riedel afirmou que considera importante discutir os excessos cometidos. “Acho que existem excessos nesse processo todo. Quando você tem uma politização muito grande do processo judicial, a tendência é ter excessos. Isso já aconteceu em outros momentos da história do Brasil”, afirmou.
Ele defende uma análise caso a caso. “Onde houver excesso, acho que a gente tem que rever para equilibrar e pacificar o país. O presidente Bolsonaro, por exemplo, ainda não foi julgado, então não há como falar em anistia para alguém que ainda não foi condenado", explica.