Da Redação | 05 de setembro de 2025 - 16h50

Cesta básica tem leve queda na Capital, mas consumidor segue com orçamento apertado

Mesmo com recuo de preços em agosto, trabalhador ainda precisa comprometer mais da metade do salário para alimentar a família

CONSUMIDOR
Mesmo com queda no preço da cesta básica, custo segue elevado e exige mais de 110 horas de trabalho por mês do campo-grandense - (Foto: Tânia Rego)

O custo da cesta básica em Campo Grande caiu ligeiramente no mês de agosto, mas o alívio no bolso do consumidor ainda é pequeno. De acordo com levantamento mensal, a cesta passou a custar R$ 768,79 - uma redução de 0,90% em relação a julho. Apesar da queda, o valor ainda coloca a capital sul-mato-grossense entre as seis mais caras do país.

No comparativo com o mesmo mês do ano passado, no entanto, o cenário é de alta: a cesta acumulou aumento de 7,58% em 12 meses. Já no acumulado de janeiro a agosto de 2025, a variação ficou praticamente estável, com leve retração de 0,20%.

O que ficou mais barato e o que subiu - Entre os 13 itens analisados, apenas quatro registraram redução de preço entre julho e agosto: o tomate teve a queda mais expressiva, com recuo de 18,95%. Em seguida aparecem a batata (-13,97%), o arroz agulhinha (-1,28%) e o café em pó (-0,47%).

Na outra ponta, nove produtos subiram de preço no mês: leite integral (4,14%), açúcar cristal (2,30%), carne bovina de primeira (2,11%), banana (1,55%), manteiga (0,76%), farinha de trigo (0,73%), pão francês (0,62%), feijão carioca (0,46%) e óleo de soja (0,46%).

Os dados do acumulado dos últimos 12 meses revelam um cenário de forte oscilação. O café em pó lidera o ranking das altas, com valorização de 82,99%. O tomate também teve aumento significativo, com 41,67%, seguido pelo óleo de soja (27,55%) e pela carne bovina de primeira (26,15%).

Por outro lado, alguns produtos ficaram mais baratos no mesmo período. A batata teve queda de 52,15%, o arroz recuou 26,16%, e a banana, 17,23%. Também houve redução nos preços médios do feijão carioca (-9,54%), manteiga (-2,91%) e leite integral (-1,31%).

Mesmo com a leve queda em agosto, o trabalhador que recebe um salário mínimo em Campo Grande precisou dedicar 111 horas e 25 minutos do seu tempo para comprar a cesta básica. Em julho, esse tempo era ainda maior: 112 horas e 26 minutos.

No comparativo com agosto de 2024, a diferença é mínima - há um ano, o tempo necessário para adquirir os itens essenciais era de 111 horas e 20 minutos. Isso mostra que, mesmo com pequenas oscilações mensais, o custo da alimentação continua pesando no orçamento das famílias.