Rússia lança mais de 500 drones contra a Ucrânia enquanto Zelenski e Putin falam em negociações
Ataques atingiram infraestrutura civil e deixaram feridos; Trump tenta intermediar cessar-fogo, mas Kremlin mantém reservas sobre acordo de paz
GUERRA NA UCRÂNIAA Rússia lançou mais de 500 drones e cerca de duas dezenas de mísseis contra a Ucrânia durante a noite desta quarta-feira (3), segundo autoridades locais. O presidente ucraniano Volodimir Zelenski afirmou que os principais alvos foram infraestruturas civis, especialmente instalações de energia no centro e oeste do país. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas, informou a força aérea ucraniana.
Apesar da escalada de ataques, Zelenski e líderes europeus seguem em negociações para reforçar as defesas ucranianas e buscar avanços nos esforços de paz patrocinados pelos Estados Unidos. Até agora, essas tentativas têm tido pouco resultado.
Trump tenta intermediar cessar-fogo
O presidente dos EUA, Donald Trump, propôs um cessar-fogo e negociações diretas entre Zelenski e o presidente russo Vladimir Putin. Embora Kiev tenha aceitado, Moscou demonstrou cautela.
Putin afirmou em coletiva de imprensa em Pequim que acredita ser possível “chegar a uma opção aceitável para encerrar o conflito, se o bom senso prevalecer”. O líder russo destacou ainda que Trump tem “um desejo sincero” de mediar uma solução.
“Parece que há uma certa luz no fim do túnel. Vamos ver como a situação se desenvolve. Caso contrário, teremos que alcançar nosso objetivo por meios militares”, declarou Putin, ao encerrar visita de quatro dias à China.
Ele disse estar disposto a receber Zelenski em Moscou, mas somente se a reunião for “bem preparada”. O Kremlin já havia sinalizado que uma cúpula só seria possível após acordos prévios definidos em negociações de baixo nível.
Zelenski pede mais sanções
Enquanto Putin fala em diálogo, Zelenski voltou a defender a aplicação de sanções mais duras contra a Rússia após os ataques noturnos.
“Putin está demonstrando sua impunidade”, escreveu o presidente ucraniano no Telegram, pedindo novas medidas internacionais para frear as agressões.