Associated Press* | 02 de setembro de 2025 - 13h20

Kim Jong Un chega a Pequim para desfile militar com líderes de China e Rússia

Líder da Coreia do Norte se junta a Xi Jinping e Putin em evento que pode sinalizar unidade contra os EUA

INTERNACIONAL
Kim Jong Un é recebido por altos funcionários chineses na chegada a Pequim para o desfile militar - afp_tickers

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, chegou a Pequim nesta terça-feira (2), onde foi recebido por altos funcionários chineses, conforme informou a agência estatal KCNA. A visita de Kim marca a sua primeira ida à China desde 2019 e é considerada a quinta visita ao país desde que assumiu o poder em 2011, após a morte de seu pai, Kim Jong Il.

Kim participará de um grande desfile militar em Pequim nesta quarta-feira (3), ao lado do presidente chinês Xi Jinping e do presidente russo Vladimir Putin. O evento é uma comemoração do 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e da luta da China contra as agressões do Japão.

Unidade contra os EUA?

O desfile militar pode ser interpretado como um gesto simbólico de unidade entre os três países, que são vistos por especialistas como desafiadores-chave dos Estados Unidos. O evento, que contará com 26 líderes mundiais, poderá demonstrar uma aliança entre a China, Rússia e Coreia do Norte em um contexto geopolítico tenso.

Este será o primeiro grande evento multilateral que Kim Jong Un participa durante seus 14 anos de governo, e também será a primeira vez que os três líderes se reunirão no mesmo local. No entanto, nenhum dos países confirmou se haverá uma reunião privada trilateral entre Kim, Xi e Putin.

Histórico de visitas de Kim à China

A viagem de Kim a Pequim acontece em um momento em que as relações internacionais estão em foco, com crescente rivalidade entre os EUA e essas potências. Durante seus mandatos, Kim Jong Un tem buscado fortalecer os laços com Xi Jinping e Vladimir Putin, especialmente em áreas relacionadas a segurança e defesa.

Em 2019, sua visita a Pequim foi marcada por um encontro com Xi, e desde então, as trocas diplomáticas entre a Coreia do Norte e a China têm sido mais frequentes, apesar das tensões globais.