Levy Teles | 01 de setembro de 2025 - 21h30

Tensão na CPMI do INSS: senadora e deputada se desentendem durante sessão

Discussão ocorreu após votação que aprovou pedidos de prisão de 21 investigados por fraudes; clima esquentou, mas decisão foi unânime

POLÍTICA
Parlamentares brigam na CPI do INSS. - (Foto: Reprodução/Estadão)

A sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS desta segunda-feira, 1º de setembro, foi marcada por um momento de tensão entre duas parlamentares. A senadora Leila Barros (PDT-DF) e a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) se desentenderam após a votação que aprovou, por unanimidade, o pedido de prisão preventiva de 21 investigados no esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social.

Segundo Coronel Fernanda, o desentendimento começou quando ela comemorou o resultado da votação, que inclui o pedido de prisão de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS e nomeado pelo ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, atual presidente nacional do PDT — partido de Leila Barros.

"A senadora Leila não gostou quando comemorei o resultado da votação e veio para cima e eu não aceitei", afirmou a deputada. "Ela disse que não tinha medo e eu também retruquei que não tinha medo."

Apesar da troca de farpas, Leila Barros votou favoravelmente às indicações de prisão, incluindo a de Stefanutto. A votação foi aprovada por todos os membros presentes.

Após o episódio, Coronel Fernanda minimizou o ocorrido e afirmou que "o episódio já passou". Até o momento, a senadora Leila Barros não se pronunciou sobre o incidente. A reportagem tenta contato com sua assessoria e o espaço segue aberto para manifestação.

Entre os 21 nomes com prisão preventiva aprovada pela comissão estão empresários, ex-servidores e pessoas apontadas como integrantes do esquema que aplicava descontos indevidos em aposentadorias e pensões, incluindo empréstimos consignados fraudulentos.

A CPMI agora aguarda os desdobramentos legais e o envio dos pedidos ao Judiciário.