Eduardo Amaral | 30 de agosto de 2025 - 13h50

Luis Fernando Verissimo é velado em Porto Alegre

Corpo do escritor é velado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, com presença de autoridades e manifestações de pesar de artistas e políticos

LUTO
O velório de Luis Fernando Verissimo contou com a presença de artistas e autoridades - Foto: Eduardo Amaral

O corpo do escritor Luis Fernando Verissimo, falecido neste sábado, 30, em Porto Alegre, foi velado no Salão Nobre Júlio de Castilhos, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O velório iniciou no início da tarde e se estendeu até por volta das 18h45, com a presença de familiares, amigos, autoridades gaúchas e cidadãos que prestaram sua última homenagem ao escritor.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, decretou três dias de luto oficial no estado em razão do falecimento de Verissimo, que morreu após complicações de uma pneumonia. Além disso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, representou o governo federal e anunciou a homenagem póstuma com a mudança do nome do Centro de Pesquisa, Formação e Ensino do Grupo Hospitalar Conceição, que passará a se chamar Luis Fernando Verissimo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em nota, exaltou a contribuição de Verissimo à literatura e à democracia brasileira, destacando sua habilidade única de usar a ironia para enfrentar os desafios do autoritarismo. Em redes sociais, Lula lembrou do escritor como um dos maiores nomes da literatura e do jornalismo brasileiro.

Além de autoridades estaduais e federais, o velório contou com a presença de figuras políticas e intelectuais, como o ex-governador Olívio Dutra, que destacou a sensibilidade do autor sobre o cotidiano das pessoas e sua relação estreita com o povo gaúcho.

O escritor Luis Fernando Verissimo, fotografado na biblioteca de sua residencia em Porto Alegre Foto: Eduardo Nicolau/Estadão

Luis Fernando Verissimo, aos 88 anos, deixa um legado literário distinto, com crônicas que refletiam o humor e as ironias da classe média brasileira. Ele também foi um dos nomes de destaque do jornal Pasquim, atuando contra a ditadura militar, e teve uma carreira marcada por textos que sempre questionaram a sociedade com humor e crítica afiada.