O Hemosul Coordenador reforça a importância da doação por aférese, um procedimento que permite coletar apenas os componentes necessários do sangue, como plaquetas ou hemácias, devolvendo o restante ao doador. A técnica, em uso há mais de 15 anos no Mato Grosso do Sul, tem papel essencial no tratamento de pacientes em condições graves e de alta complexidade.

Com a ajuda de equipamentos automatizados, o sangue é filtrado para reter o hemocomponente desejado. A coleta pode durar entre 90 minutos e 2 horas, sendo segura e com rápida recuperação do organismo.

A coordenadora da Rede Hemosul, Marina Torres, explica que a aférese permite um resultado mais eficaz do que a doação convencional.

“Uma única doação de plaquetas por aférese pode equivaler a até 8 bolsas de plaquetas obtidas de doadores tradicionais. Isso é fundamental para pacientes que enfrentam tratamentos como quimioterapia, doenças hematológicas ou cirurgias de alta complexidade”, afirma.

Coordenadora da Rede Hemosul, Marina Torres.

A coordenadora ressalta ainda que, durante períodos de baixa nas doações, como no inverno ou em feriados prolongados, a aférese se torna crucial para manter os estoques e evitar o desabastecimento.

Mesmo com a relevância do procedimento, o número de doadores cadastrados para aférese ainda é baixo. O Hemosul alerta que é necessário ampliar esse grupo, especialmente para garantir suporte constante a pacientes com câncer, leucemia, doenças crônicas ou internados em UTIs.

A reposição de plaquetas ocorre em cerca de 72 horas, enquanto a de hemácias leva um pouco mais, mas permanece dentro de um prazo seguro. Isso torna possível que o mesmo doador realize esse tipo de doação com frequência controlada.

O coordenador de RH Geraldo Tadeu, doador desde 1994, compartilha sua experiência com aférese, iniciada há 10 anos. “A doação por aférese é mais direcionada. Você sente que está ajudando alguém que precisa urgentemente”, diz ele.

A advogada Keila Wesner, que doa desde os 20 anos, também aderiu à aférese nos últimos três anos. “Apesar de ser mais demorado, é um ato feito de coração. Saber que estou ajudando diretamente alguém que precisa faz toda a diferença”, destaca.

Advogada Keila Wesner, doadora de sangue há 18 anos.

Como se tornar um doador de aférese?

• Ser doador de sangue regular
• Ter veias com bom calibre
• Pesar no mínimo 60 kg para doar plaquetas
• Pesar no mínimo 70 kg para doar hemácias

O processo é agendado e monitorado por uma equipe especializada, garantindo total segurança e conforto ao doador.

O Hemosul reforça que, além de ser um ato solidário, a aférese é uma estratégia essencial para manter a rede pública de saúde abastecida com os componentes mais utilizados nos hospitais.