Redação | 27 de agosto de 2025 - 18h45

Cavalo foi mutilado ainda vivo por jovem em Bananal, confirma laudo

Delegado e veterinária envolvida no caso apontam crueldade; responsável pelo crime disse estar alcoolizado e alegou arrependimento

NACIONAL
Polícia investiga denúncia de maus-tratos a cavalo mutilado com facão em Bananal. - Foto: Reprodução/Rede Social

Animal que teve as patas cortadas por um jovem no interior de São Paulo estava vivo no momento da mutilação. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (27) pelo delegado Rubens Luiz Fonseca Melo e pela veterinária Luana Gesualdi, após conclusão do laudo pericial. O caso ocorreu em Bananal, a 330 km da capital.

De acordo com a investigação, o cavalo foi vítima de um ataque brutal praticado por Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, que afirmou estar embriagado no momento do crime. O laudo revelou que os ferimentos foram causados enquanto o animal ainda respirava, o que caracteriza um caso de maus-tratos com agravantes.

“O laudo comprova que os ferimentos foram causados em vida. O animal ainda estava vivo”, afirmou o delegado em vídeo publicado nas redes.

A veterinária reforçou a gravidade do crime. “Um caso de crueldade, que reforça a importância da atuação conjunta da perícia veterinária com a polícia”, disse Gesualdi.

O episódio aconteceu no último dia 16 de agosto, durante uma cavalgada pela zona rural de Bananal. Andrey e um amigo percorreram cerca de 15 km quando o cavalo montado por Andrey parou e se deitou, aparentemente exausto.

Ao acreditar que o animal havia morrido, o jovem usou um facão para decepar as patas do cavalo. Mesmo depois, seguiu desferindo golpes. A cena foi registrada pelo amigo que o acompanhava e o vídeo acabou sendo divulgado nas redes sociais, gerando indignação.

Penalidade e investigação - O caso chegou até a Polícia Militar Ambiental e à Polícia Civil. O inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça e ao Ministério Público. A pena para maus-tratos a animais, segundo a Lei de Crimes Ambientais, pode chegar a um ano de prisão. Caso o animal morra em decorrência do abuso, o tempo de reclusão pode ser aumentado em até um terço.

Em entrevista à TV Vanguarda, afiliada da Globo, Andrey afirmou estar arrependido e reconheceu a crueldade do ato.

“Foi um ato cruel. Estava com álcool no corpo. Não é culpa da bebida. É culpa minha. Eu reconheço os meus erros”, disse.

O cavalo foi enterrado após a coleta de material para perícia. Segundo a polícia, o animal ainda estava vivo quando sofreu os golpes.