O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a comentar nesta terça-feira (26) a demissão da diretora do Federal Reserve (Fed), Lisa Cook, dispensada por ele na noite de segunda-feira (25). Questionado sobre a possibilidade de contestação judicial anunciada pelos advogados da ex-diretora, o republicano disse que “acataria a decisão dos tribunais”.

Apesar disso, Trump reiterou suas críticas à atual condução da política monetária do banco central e voltou a pedir taxas de juros mais baixas.

Críticas ao Fed e disputa por comando

A saída de Lisa Cook elevou a tensão entre a Casa Branca e o Fed, que tradicionalmente atua de forma independente. Trump já havia dito que busca garantir maioria entre os dirigentes do banco central para alinhar a instituição à sua política econômica.

Ao reafirmar a disposição de respeitar a Justiça, o presidente dos EUA tenta reduzir a pressão em torno da legalidade da decisão, mas manteve o tom de cobrança por mudanças na atuação da autoridade monetária.

Rússia e Ucrânia em pauta

Na mesma reunião de gabinete na Casa Branca, Trump voltou a defender o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. Ele afirmou que considera adotar sanções econômicas mais duras contra Moscou, caso não haja avanço em direção a um cessar-fogo.

“Sanções ou tarifas bem fortes são algumas maneiras que temos para acabar com a guerra na Ucrânia. Uma guerra econômica seria ruim para a Rússia”, disse o republicano.

Trump não detalhou quais seriam as medidas adicionais em estudo, mas afirmou ter em mente “coisas muito sérias” que poderiam ser aplicadas contra o presidente russo, Vladimir Putin, se necessário.

Pressão externa e política interna

As declarações reforçam a estratégia de Trump de usar tanto o tema econômico interno, ao pressionar o Fed por juros mais baixos, quanto a política externa, ao endurecer o discurso contra a Rússia, como eixos centrais de sua gestão.

Enquanto enfrenta questionamentos legais sobre a demissão de Lisa Cook, o presidente dos EUA busca transmitir a mensagem de que está disposto a adotar medidas firmes, tanto no campo econômico quanto no cenário geopolítico.