Homem em situação de rua confessa assassinato de três mulheres em Ilhéus, diz polícia
Thierry Lima da Silva, 23, admitiu ter matado as vítimas a facadas durante tentativa de roubo; ele também é suspeito de outro homicídio
CRIME EM ILHÉUSA Polícia Civil da Bahia informou nesta segunda-feira, 25, que um homem em situação de rua confessou ter assassinado as três mulheres encontradas mortas em um matagal próximo à orla sul de Ilhéus, em 16 de agosto.
O suspeito, identificado como Thierry Lima da Silva, de 23 anos, foi detido no último domingo, 24, em flagrante por tráfico de drogas. Segundo a polícia, ele já estava sob investigação por ser considerado o principal suspeito do crime.
As vítimas eram as professoras Alexsandra Suzart, de 45 anos, Maria Helena Bastos, de 41, e a filha dela, Mariana Bastos da Silva, de 20 anos.
De acordo com a Polícia Civil, Silva relatou que as atacou a facadas durante uma tentativa de roubo, afirmando ter agido sozinho e sob efeito de drogas. Porém, os investigadores apontam contradições no depoimento e mantêm outras linhas de apuração para esclarecer as circunstâncias do triplo homicídio e se há mais envolvidos.
As três mulheres desapareceram no fim da tarde de 15 de agosto, após passeio na Praia dos Milionários. Imagens de câmeras de segurança registraram o grupo caminhando na areia antes de desaparecer. No dia seguinte, os corpos foram encontrados em área de vegetação. O cachorro de estimação de Mariana foi localizado amarrado a uma árvore, vivo, e entregue à família.
Silva também teria confessado participação em um quarto homicídio, o de Lucas dos Santos Nascimento, que morreu em 21 de agosto no Hospital Costa do Cacau. Ele estava internado desde o dia 7, após sofrer politraumatismos durante uma briga com o suspeito.
Segundo a polícia, Silva já tem diversas passagens criminais, incluindo furtos, lesão corporal e violência. Após a confissão, a Justiça decretou sua prisão preventiva.
As apurações continuam com análise de imagens de câmeras de segurança, laudos periciais, testes de DNA e necropsias. Mais de uma dezena de testemunhas já foi ouvida.
A população pode colaborar com informações de forma anônima pelo Disque-Denúncia 181.