O presidente da CBF, Samir Xaud, reagiu às críticas sobre as mudanças no calendário do futebol brasileiro anunciadas no último sábado. Entre as principais alterações, está o encerramento antecipado do Brasileirão e a decisão de encerrar o calendário de 2025 com a Copa do Brasil. Essas mudanças geraram reações divergentes entre os clubes, com o Flamengo se sentindo prejudicado pela medida.

Em entrevista realizada nesta segunda-feira, após a convocação de Carlo Ancelotti, Xaud explicou que a maioria dos clubes apoiou as modificações, mas reconheceu que o Flamengo não ficou satisfeito. "O favorecimento é para o futebol brasileiro. Temos que tomar decisões importantes e vimos uma oportunidade de ajustar as datas", afirmou o presidente da CBF.

Xaud também destacou que recebeu apoio de diversos clubes e da imprensa em geral. "Estou aqui para melhorar o calendário, que não começou na minha gestão. Estamos enfrentando um calendário cheio e precisávamos tomar uma decisão, que acredito ter sido a mais correta", justificou.

Embora o Flamengo tenha se mostrado insatisfeito, o Palmeiras, que também está em disputa pelo título do Brasileirão e continua na Libertadores, emitiu uma nota afirmando compreender e respeitar a decisão da CBF. A presidente do clube, Leila Pereira, tem uma boa relação com Samir Xaud e, desde o fim da gestão de Ednaldo Rodrigues, tem evitado atritos com a entidade.

Se o Palmeiras avançar para as semifinais ou finais da Libertadores, o clube paulista terá uma reta final de ano extremamente apertada, com jogos decisivos tanto no Campeonato Brasileiro quanto no torneio continental. No entanto, o clube seguiu uma linha mais conciliadora, compreendendo os motivos das alterações.

O calendário modificado implica que a Copa do Brasil terá suas finais disputadas após o término do Brasileirão, que será encerrado no dia 7 de dezembro. A principal razão para a mudança é dar tempo para que um possível campeão brasileiro da Libertadores tenha tempo de se preparar para o Mundial de Clubes da Fifa, que começa no dia 10 de dezembro. Xaud reforçou que a decisão não visava beneficiar um clube em particular, mas sim o futebol brasileiro como um todo.

"Não foi uma decisão para beneficiar A ou B, mas para beneficiar o futebol brasileiro", concluiu o presidente da CBF.