O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o ataque aéreo israelense contra um hospital na Faixa de Gaza, que resultou na morte de 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas, foi um "acidente trágico". O ataque, ocorrido na segunda-feira, 25, atingiu o Hospital Nasser, em Khan Younis, no sul de Gaza, enquanto jornalistas e equipes de resgate corriam para o local após o primeiro impacto. Netanyahu declarou que Israel "valoriza o trabalho de jornalistas, profissionais de saúde e todos os civis" e que uma investigação interna foi iniciada pelas autoridades israelenses.

Ataques ao hospital

O primeiro ataque aéreo atingiu o último andar do Hospital Nasser. Minutos depois, enquanto jornalistas e equipes de resgate subiam uma escada externa, um segundo projétil atingiu novamente o local. Dr. Ahmed al-Farra, chefe do departamento de pediatria do hospital, relatou o ocorrido, detalhando o momento dramático. O ataque aconteceu enquanto Israel ampliava sua ofensiva em Gaza, em áreas densamente povoadas.

Investigação israelense e defesa

Effie Defrin, brigadeiro-general e porta-voz militar israelense, declarou que o exército de Israel não tem civis como alvos e que lamenta qualquer dano a pessoas não envolvidas nas hostilidades. Ele também mencionou que uma investigação interna sobre os ataques já foi aberta. Embora tenha acusado o Hamas de se esconder entre civis, Defrin não forneceu detalhes sobre a presença de militantes no hospital no momento dos ataques. A mídia israelense noticiou que os projéteis foram disparados contra o hospital com o objetivo de destruir uma câmera de vigilância do Hamas no telhado do edifício.

Reações internacionais

O ataque gerou uma onda de condenações internacionais. O secretário-geral da ONU, bem como países como Reino Unido e França, criticaram o ocorrido. O presidente dos EUA, Donald Trump, inicialmente afirmou não ter conhecimento sobre o ataque, mas depois declarou: "Não estou feliz com isso. Não quero ver isso."

O impacto do ataque

Este episódio aumenta a tensão no já volátil contexto de conflitos em Gaza e representa mais uma tragédia em meio à violência entre Israel e o Hamas. O ataque a um hospital, onde civis e profissionais de saúde estavam presentes, aumentou a pressão internacional sobre as operações militares de Israel na região.