A mãe e os avós do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foram feitos reféns durante um assalto à residência da família, localizada em Resende, no interior do Rio de Janeiro, neste domingo (24).

A informação foi divulgada pelo próprio senador, em publicação nas redes sociais. Segundo ele, o assalto durou cerca de uma hora, e os criminosos, armados, fizeram ameaças e exigiram dinheiro que, segundo eles, teria sido enviado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro aos familiares. "Foi mais de uma hora de terror, com arma na cabeça e boca tampada com fita adesiva", relatou Flávio no Instagram.
"Os marginais chegaram abordando minha mãe, dizendo que sabiam quem ela era e querendo saber onde estava o dinheiro que o Bolsonaro mandava para meus avós."

Criminosos fugiram com anéis e o carro da família

De acordo com o senador, nada foi encontrado pelos assaltantes em relação ao suposto dinheiro. Eles então fugiram levando anéis de valor e o carro do avô de Flávio Bolsonaro.

Não há informações sobre feridos. O senador afirmou que sua mãe e seus avós passam bem, apesar do trauma, e que todas as providências legais já foram tomadas.

Polícia Civil investiga o caso

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro confirmou o assalto e informou, por meio de nota, que o caso está sendo investigado pela 89ª Delegacia de Polícia (Resende). "Foi realizada perícia de local e os agentes buscam por imagens de câmeras de segurança da região. Outras diligências seguem para identificar e responsabilizar os autores do crime", diz o comunicado da corporação.

Até o momento, nenhum suspeito foi identificado ou preso, e a investigação está em andamento.

Repercussão nas redes e clima político

A declaração do senador teve grande repercussão nas redes sociais. Flávio, que é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que o crime foi intencional e direcionado, já que os criminosos demonstravam conhecimento da identidade da família e de possíveis recursos financeiros atribuídos ao ex-presidente.

O episódio acontece num momento de grande tensão política em torno da figura de Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar e está envolvido em inquéritos no STF. Ainda assim, não há, até agora, qualquer ligação direta do assalto com esses casos em investigação.