O selo de IG é um registro destinado a produtos com qualidades e características únicas, vinculadas diretamente à sua região de origem. O objetivo é agregar valor aos produtos, impulsionar o desenvolvimento local e preservar aspectos culturais e produtivos tradicionais.

Durante o encontro, representantes do Sebrae/MS, do Governo do Estado, de instituições públicas e privadas, além de empreendedores e especialistas, debateram estratégias para ampliar o reconhecimento de produtos típicos do estado. Um dos destaques da reunião foi a proposta de inclusão do sobá de Campo Grande no processo de IG, considerando sua relevância cultural e adaptação ao paladar regional.

“O sobá é um dos símbolos mais representativos da identidade campo-grandense, e a Indicação Geográfica é uma forma de consolidar essa tradição e dar visibilidade ao produto fora do estado”, afirmou Vinicius Pacheco, analista técnico do Sebrae/MS.

A programação incluiu ainda uma palestra do advogado Marcos Fabricio Welge Gonçalves, que apresentou um panorama sobre o cenário das IGs no Brasil e no mundo, com exemplos de sucesso nos estados do Paraná e Minas Gerais. Gonçalves destacou que o Fórum tem o papel de articular diferentes setores — produtores, associações, universidades e governo — na construção de uma agenda comum para a criação de novas IGs em Mato Grosso do Sul.

O secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc e conselheiro do Sebrae/MS, Ricardo Senna, também reforçou a importância da iniciativa. “A Indicação Geográfica agrega valor aos produtos regionais e fortalece a governança territorial. É um instrumento de valorização da produção local e diferencial competitivo no mercado nacional”, disse.

Além do sobá, o Fórum deverá analisar outras propostas de IG no estado. A próxima reunião do grupo está prevista para ocorrer de forma remota em setembro, com o objetivo de ampliar a participação institucional e definir os próximos passos.