A escassez de homens no Brasil é um problema real, e em Mato Grosso do Sul essa desigualdade se torna ainda mais evidente. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (22), mostram que a proporção de homens por mulher no Estado segue uma tendência nacional, mas com números mais alarmantes em diversas faixas etárias.

Enquanto no Brasil a média é de 92 homens para cada 100 mulheres, MS apresenta uma situação de desequilíbrio acentuado, especialmente nas faixas etárias mais jovens. Na faixa de 18 a 19 anos, o Estado tem 117,6 homens para cada 100 mulheres, um dos maiores índices do país, o que pode sugerir uma "superpopulação masculina" nas idades mais iniciais. No entanto, à medida que a idade avança, a escassez de homens em relação às mulheres se torna cada vez mais crítica.

O desequilíbrio de gênero é evidente em todas as faixas etárias analisadas. Para os jovens de 20 a 24 anos, MS apresenta 94,2 homens para 100 mulheres, um número bem abaixo da média nacional, e um dos menores índices do país. Na faixa de 25 a 29 anos, a diferença sobe para 96,2 homens para cada 100 mulheres, e na de 30 a 39 anos, o número vai para 97 homens para 100 mulheres. Isso indica que, à medida que as mulheres envelhecem, a presença masculina vai diminuindo no Estado.

O quadro se agrava ainda mais com o envelhecimento da população. Para a faixa de 40 a 49 anos, já existem 100,9 mulheres para cada 100 homens, e a diferença aumenta nas faixas etárias mais avançadas. Já na faixa 60+,  a situação é mais preocupante: 82 homens para 100 mulheres.

O país enfrenta um cenário com 92 homens para 100 mulheres, e, em algumas regiões, o problema é ainda mais grave. No Rio de Janeiro, por exemplo, na faixa de 60 anos ou mais, a relação é de 70 homens para cada 100 mulheres, e em São Paulo, o número é de 77 homens para cada 100 mulheres.