Redação | 22 de agosto de 2025 - 10h15

Mapa retira lotes de vacina Excell 10 após morte de quase 200 animais

Reações adversas à vacina contra clostridiose podem ter causado a morte de ovinos, caprinos e bovinos; investigação segue em andamento

VACINA SUSPENSA
Dois lotes da vacina Excell 10 pode ter matado quase 200 animais - (Foto: CNA)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) retirou de circulação os lotes 016/2024 e 018/2024 da vacina Excell 10, após relatos de reações adversas que resultaram na morte de 194 ovinos, 4 caprinos e 1 bovino. A vacina, produzida pelo laboratório Dechra Brasil, é destinada ao combate à clostridiose, uma doença fatal causada por toxinas de bactérias do gênero Clostridium spp.

A notificação sobre os óbitos foi recebida pela Agência de Defesa Agropecuária do Piauí no dia 12 de agosto, e, em seguida, o Mapa iniciou a fiscalização do caso. No dia 13 de agosto, o Ministério solicitou à empresa relatórios detalhados sobre a vacina e iniciou uma série de inspeções, culminando na apreensão cautelar dos lotes suspeitos no dia 15 de agosto. As investigações também incluem testes das amostras da vacina e dos animais afetados.

A situação gerou uma mobilização que envolveu diversas instâncias, com a Dechra Brasil suspendendo a venda e recolhendo os lotes questionados. A apreensão foi realizada em uma distribuidora localizada em Teresina, e amostras foram enviadas para análise.

O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, informou que a investigação pode levar cerca de 60 dias para ser concluída. "Estamos trabalhando em conjunto com os órgãos estaduais de defesa sanitária para identificar a causa dos óbitos e adotar as medidas necessárias", explicou.

A clostridiose, que pode levar à morte rápida dos animais, apresenta sintomas como inchaço muscular, dificuldade de locomoção, tremores e rigidez muscular. O Mapa reforça que a vacinação continua sendo uma estratégia eficaz para o controle dessa doença.

Em nota, o laboratório Dechra Brasil informou que está investigando o caso em parceria com o Mapa e disponibilizou dois canais de contato para relatos sobre reações adversas: o 0800 400 7997 e o WhatsApp (43) 99135-1168.