Governo escala aliados para atuar na CPI do INSS após derrota na eleição para presidência
Paulo Pimenta e Alencar Santana serão os principais defensores do Planalto na comissão, enquanto oposição fica com comando e relatoria
CPI DO INSSO governo federal já definiu seus aliados para atuar na CPI do INSS, que investiga fraudes nos descontos de aposentadorias e pensões. O Planalto contará com os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Alencar Santana (PT-SP) como seus principais defensores na comissão. A missão de ambos será garantir a maioria dos votos e reverter as derrotas políticas, após o governo perder a eleição para a presidência da CPI por 17 votos a 14.
Paulo Pimenta, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social, foi escolhido para coordenar a ação da base aliada na CPI, que também contará com senadores como Rogério Carvalho (PT-SE) e Fabiano Contarato (PT-ES). Apesar de o governo possuir quatro membros titulares na comissão, terá de contar com o apoio de partidos aliados, como MDB, PSD, PSB, PDT e Podemos, para evitar derrotas em votações importantes.
O parlamentar declarou que a falta de organização levou à derrota na eleição para presidência, mas prometeu que não haverá mais falhas. “Agora vamos reunir a base, traçar uma estratégia comum e garantir que as investigações sigam de forma eficiente”, afirmou.
A CPI, presidida pelo senador Carlos Viana (PL-MG), com relatoria do deputado Alfredo Gaspar (União-AL), foi criada para apurar os esquemas fraudulentos envolvendo o INSS. O governo argumenta que as falhas começaram no governo Bolsonaro, quando as regras que possibilitaram os desvios foram estabelecidas.
Paulo Pimenta afirmou que a investigação será essencial para descobrir como os servidores envolvidos chegaram aos cargos e a rede de conexões políticas que sustentava o esquema. Ele afirmou que todos os envolvidos, inclusive entidades relacionadas ao PT, como o Sindnapi, serão investigados.
Alfredo Gaspar, relator da CPI, declarou que seu foco será “seguir o dinheiro” e identificar quem deu suporte político aos desvios. Embora tenha se posicionado como político de direita, Gaspar afirmou que a investigação será apartidária e que seu objetivo é apurar os fatos com imparcialidade.
Fazem parte da CPI do INSS:
Senadores:
- Eduardo Braga (MDB-AM);
- Renan Calheiros (MDB-AL);
- Carlos Viana (Podemos-MG);
- Styvenson Valentim (PSDB-RN);
- Omar Aziz (PSD-AM);
- Eliziane Gama (PSD-MA);
- Cid Gomes (PSB-CE);
- Jorge Seif (PL-SC);
- Izalci Lucas (PL-DF);
- Eduardo Girão (Novo-CE);
- Rogério Carvalho (PT-SE);
- Fabiano Contarato (PT-ES);
- Leila Barros (PDT-DF);
- Tereza Cristina (PP-MS);
- Damares Alves (Republicanos-DF);
- Dorinha Seabra (União Brasil-TO).
Deputados:
- Coronel Chrisóstomo (PL-RO);
- Coronel Fernanda (PL-MT);
- Adriana Ventura (Novo-SP);
- Paulo Pimenta (PT-RS);
- Alencar Santana (PT-SP);
- Sidney Leite (PSD-AM);
- Ricardo Ayres (Republicanos-TO);
- Romero Rodrigues (Podemos-PB);
- Mário Heringer (PDT-MG);
- Beto Pereira (PSDB-MS);
- Bruno Farias (Avante-MG);
- Marcel van Hattem (Novo-RS);
- Alfredo Gaspar (União Brasil-AL);
- Duarte Jr. (PSB-MA);
- Rafael Brito (MDB-AL);
- Julio Alcoverde (PP-PI).