Jovem que mutilou cavalo em Bananal se arrepende, mas pode ser preso por maus-tratos
Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, responsável pela mutilação do animal, se declarou arrependido após a repercussão do caso. Polícia apura se o cavalo estava vivo ou morto quando teve as patas decepadas
GERALNa última quarta-feira, 20, foi enterrado o cavalo mutilado em Bananal, no interior de São Paulo, após o caso causar grande comoção nas redes sociais. O animal teve suas patas decepadas por Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, durante um passeio de cavalgada na zona rural. O cavalo foi colocado em uma vala e enterrado com o auxílio de um trator, enquanto a Polícia Civil recolhia material para a perícia que determinará se o animal estava vivo ou morto quando foi mutilado. O resultado dessa análise ainda não foi divulgado.
O incidente ocorreu no último sábado, 16, quando Andrey e um amigo, identificado como Dalton, percorreram quase 15 quilômetros em uma cavalgada, majoritariamente por subidas, até que o cavalo montado por Andrey parou na região da Serra do Guaraná Quente. Aparentando cansaço extremo, o animal deitou, e Dalton relatou à polícia que parecia ter dificuldades para respirar.
Segundo Andrey, que admitiu estar alcoolizado no momento, ele supôs que o cavalo tivesse morrido. "Se você tem coração, melhor não olhar", disse Andrey a Dalton antes de pegar um facão e decepá-lo. Durante o ato, Dalton gravou a cena, que foi postada nas redes sociais, viralizando e gerando forte repercussão e críticas pela atitude cruel.
Após o vídeo viralizar, o caso chegou ao conhecimento da Polícia Militar Ambiental e da Polícia Civil. Equipes de veterinários foram acionadas para determinar as condições do cavalo no momento da mutilação, com a principal dúvida sendo se o animal já estava morto ou ainda estava vivo. A Lei de Crimes Ambientais prevê pena de até um ano de prisão por maus-tratos a animais, com a possibilidade de aumento da pena se o animal morrer, podendo chegar a até um ano e quatro meses de prisão.
Em entrevista à TV Vanguarda, na terça-feira, 19, Andrey se disse profundamente arrependido. "Não foi uma decisão, foi um ato de transtorno. Em um momento embriagado, transtornado, eu peguei e cortei por cortar. Foi um ato cruel", reconheceu. "Eu sou nascido e criado no ramo de cavalo, mexo com boi, tenho o apelido de boiadeiro", continuou Andrey, defendendo-se das acusações. "Estava com álcool no corpo, mas não é culpa da bebida. É culpa minha. Eu reconheço os meus erros", completou, enfatizando seu arrependimento pelo ato.
A repercussão do caso continua, com muitas críticas à atitude de Andrey, mas também com a preocupação sobre as consequências legais que ele poderá enfrentar, dependendo do resultado da perícia.