EUA ampliam fiscalização de vistos e reforçam critérios para deportação
Governo dos Estados Unidos revisará mais de 55 milhões de vistos válidos, aumentando o controle sobre estrangeiros no país e impondo novas exigências de segurança
DEPORTAÇÃOO governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 21, que está analisando mais de 55 milhões de pessoas com vistos válidos para os EUA em busca de violações que possam levar à deportação, marcando uma repressão crescente contra estrangeiros autorizados a permanecer no país.
Em resposta por escrito a uma pergunta da Associated Press, o Departamento de Estado disse que "todos os portadores de visto dos EUA, o que pode incluir turistas de muitos países, estão sujeitos a uma verificação contínua", com foco em qualquer indício de que eles possam ser inelegíveis para obter permissão para entrar ou permanecer nos Estados Unidos.
Caso constate "violações das regras de imigração", o visto será imediatamente revogado, e o cidadão estrangeiro pode ser deportado caso esteja em solo norte-americano - incluindo os que estejam fazendo turismo nos Estados Unidos.
Desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo, seu governo tem se concentrado em deportar imigrantes ilegais nos Estados Unidos, bem como portadores de vistos de estudante e de intercâmbio.
A nova linguagem do Departamento de Estado sugere que o processo de verificação contínua, que as autoridades reconhecem ser demorado, é muito mais difundido e pode significar que mesmo aqueles aprovados para permanecer nos EUA podem ter suas permissões revogadas abruptamente.
O departamento disse que estava procurando indicadores de inelegibilidade, incluindo pessoas que permanecem além do prazo autorizado descrito no visto, atividade criminosa, ameaças à segurança pública, envolvimento em qualquer forma de atividade terrorista ou apoio a uma organização terrorista.
"Analisamos todas as informações disponíveis como parte de nossa verificação, incluindo registros policiais ou de imigração ou qualquer outra informação que venha à tona após a emissão do visto indicando uma possível inelegibilidade", disse o departamento.
O governo dos Estados Unidos anunciou que está revisando os mais de 55 milhões de portadores de vistos válidos para identificar possíveis violações que possam resultar na revogação do visto e até em deportação. A medida, divulgada nesta quinta-feira, 21, reflete um endurecimento nas políticas de imigração e segurança, com foco na verificação contínua de todos os estrangeiros que possuem permissão para permanecer no país.
O Departamento de Estado dos EUA afirmou que todos os portadores de visto estão sujeitos a essa verificação, que busca identificar sinais de inelegibilidade, como permanência além do prazo autorizado, atividades criminosas, envolvimento com organizações terroristas ou ameaças à segurança pública. Em caso de confirmação de infrações, os vistos podem ser cancelados e os indivíduos podem ser deportados, mesmo que estejam no país para fins turísticos.
A política de fiscalização dos portadores de vistos começou a ganhar força durante o governo de Donald Trump, com ênfase na deportação de imigrantes ilegais, bem como de portadores de vistos de estudantes e intercambistas. A nova abordagem vai além, sugerindo que qualquer portador de visto pode ter sua autorização de permanência revogada a qualquer momento, sem aviso prévio.
Em resposta à pressão crescente por maior controle, o Departamento de Estado está implementando um processo de verificação mais abrangente, que inclui não apenas a checagem de registros de imigração, mas também a análise de contas em redes sociais e dados de segurança de países de origem dos solicitantes. Desde o início do ano, novas exigências obrigam que candidatos a vistos desativem as opções de privacidade em seus dispositivos eletrônicos, como celulares e tablets, durante as entrevistas para obtenção de visto.
De acordo com as autoridades, a revisão vai englobar tanto os novos requerentes quanto os portadores de vistos anteriores, e inclui uma varredura detalhada de dados digitais. A medida tem como objetivo identificar possíveis conexões com atividades consideradas criminosas ou extremistas, incluindo apoio a organizações terroristas.
Além disso, o governo de Biden, com a continuação da política de Trump, informou que mais de 6.000 vistos de estudantes foram revogados recentemente por infrações de permanência ilegal ou violação de leis, sendo a maior parte dessas revogações relacionadas a crimes como agressão ou direção sob efeito de substâncias. Aproximadamente 200 a 300 vistos foram revogados por envolvimento com terrorismo.
A Casa Branca também anunciou recentemente que considerará o "antiamericanismo" como um critério adicional para avaliar solicitações de visto, o que pode impactar ainda mais a análise de entradas no país.
A grande maioria dos cidadãos que desejam viajar para os Estados Unidos precisa de visto, com exceção de países que fazem parte do Programa de Isenção de Visto, como membros da União Europeia e alguns países asiáticos. Entretanto, países como Brasil, China, Índia, Rússia e grande parte da África não fazem parte desse programa, o que significa que seus cidadãos precisam passar pelo processo de solicitação de visto, que agora se tornou mais rigoroso.
Essa medida amplia o controle de entrada nos Estados Unidos e reflete uma crescente preocupação com a segurança nacional, que, segundo as autoridades, é fundamental para proteger a integridade do país.