Raisa Toledo | 21 de agosto de 2025 - 12h15

Eduardo Bolsonaro minimiza ataques de Malafaia e diz estar "junto" ao pastor após vazamento de áudio

Deputado chamou divulgação de mensagens de "vazamento seletivo" e manteve apoio ao líder religioso, mesmo após ofensas

DEU O QUE FALAR
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) - (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou apoio ao pastor Silas Malafaia nesta quarta-feira (20), mesmo após a divulgação de áudios em que o líder religioso o chama de “babaca” e ameaça “arrebentar” com ele. As mensagens foram encontradas no celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante investigação da Polícia Federal (PF).

Em vídeo publicado nas redes sociais, Eduardo classificou a divulgação como “vazamento seletivo” e afirmou estar “junto” a Malafaia. O parlamentar também disse que os áudios desviam o foco da investigação conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Nos áudios revelados, Malafaia se irrita com uma declaração de Eduardo a respeito das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. “E vem o teu filho babaca falar merda (...). Dei-lhe um esporro, mandei um áudio pra ele de arrombar. Disse pra ele: ‘na próxima eu gravo um vídeo e te arrebento’”, afirmou o pastor ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Apesar das ofensas, Eduardo procurou minimizar a situação: “Siga firme e forte, tamo junto, pastor. O senhor é igual a mim e está preocupado com o Brasil dos brasileiros. Bola pra frente”, escreveu.

A PF indiciou Jair Bolsonaro, Eduardo e Malafaia por suposta tentativa de interferir em processo do STF que apura a articulação de um golpe. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deu prazo de 48 horas para que a defesa do ex-presidente explique descumprimentos de medidas cautelares e risco de fuga.

Na mesma operação, Malafaia teve celular e passaporte apreendidos e foi proibido de manter contato com outros investigados. Ele entrou na mira da PF após a descoberta de diálogos em que orientava Jair Bolsonaro a estimular manifestações de rua e disseminar mensagens por WhatsApp, mesmo estando impedido de usar redes sociais.